domingo, 22 de julho de 2012

Goiás: Extrativismo do Coco Indaiá, Experiência que deu certo



Luciana e Aldivan (Balanço) – Meta é introduzir alimentos derivados do Coco Indaiá na merenda escolar
Introduzido na Chapada dos Veadeiros pelo casal Luciana Cristina Valentim Batista e Aldivan Freitas de Melo (Balanço), respaldados pelo cearense Frederico Silva Abintes (Fred), o extrativismo do coco indaiá torna-se uma experiência de sucesso, que já começa a render, literalmente, bons frutos.
Roberto Naborfazan
Frederico Abintes motivou Luciana e Aldivan a fazerem uso do mesocarpo do coco Indaiá e através desta motivação surgiu a ideia da exploração do coco, utilizado para fins nutricionais .

A partir de 2006, Luciana se propôs a melhorar o processamento do mesocarpo do coco indaiá com objetivos nutracêuticos (alimento que tem fins terapêuticos e nutritivos), quando se obteve ótimos resultados do uso do mesocarpo através da multimistura, trazendo bem-estar e redução de peso.

Luciana, natural de Brasília, cujos pais são do Estado de Pernambuco, pelo período que lá residiu, obteve conhecimento e experiência com sua avó – Dona Josenita Pereira dos Santos – com quem aprendeu a manusear o coco da Bahia com a extração do óleo e a manteiga do coco, confecção de sabão, cocadas, bolos, pães, tapiocas e o tradicional doce “quebra-queixo” além de geleias e licores de frutos da região (jaca, pitanga, macaíba, caju). Este aprendizado deu-lhe experiência para o manuseio do coco indaiá no Cerrado do Planalto Central, especificamente, na Chapada dos Veadeiros.

A partir de experiências e pesquisas diversas com o coco indaiá, o casal desenvolveu vários produtos derivados – a principio – do mesocarpo e, posteriormente, do coco, atingindo finalmente, 30 (trinta) produtos elaborados a base do coco Indaiá. O carro chefe deste empreendimento é a barrinha de cereais com o uso do mesocarpo do coco indaiá, além de outros produtos como a multimistura, a matula vegetariana, o cappucino, a paçoca, a manteiga Kalunga, bombom, brigadeiros “saudáveis” para festas infantis, sabão do mesocarpo, entre outros.

Negociações em andamento visam introduzir a barrinha de cereais na merenda escolar via PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e também pelo PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, através da Cooperativa “Cooper Frutos do Paraíso”, no qual Luciana e Aldivan já são sócios-cooperados.

Somando parceiros a esta boa ideia de sustentabilidade, a Unidade da Emater de Alto Paraíso de Goiás emitiu a primeira DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf – para a atividade do agro extrativismo do coco indaiá a fim de fomentar o acesso ao crédito via Pronaf, aliado ao apoio da Supervisão de Organização Rural e Geração de Renda da EMATER – Unidade Central de Goiânia, sob coordenação do senhor José Araújo de Oliveira, que esteve em Alto Paraíso para conhecer a pesquisa e produtos derivados do Coco Indaiá.
A UnB Cerrado , extensão da Universidade de Brasília em Alto Paraíso, atuará na divulgação da pesquisa e do trabalho de extrativismo do Coco Indaiá realizados pelo casal Luciana e Aldivan. O extrativismo do coco indaiá, por não ter resíduos no seu processamento, é considerado um produto sustentável, visto que, todo o coco, desde a casca, o mesocarpo, endocarpo e amêndoa, é aproveitado, adotando o novo conceito de “Cradle to cradle” , ou seja – “Do Berço ao berço” – conceito criado pelo analista industrial suíço Walter Stabel , que extrai o coco da natureza e o retorna à natureza sem gerar impacto ambiental.
Fonte:O Vetor 

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