sexta-feira, 19 de julho de 2019

Advogado do RN é detido após ameaçar policiais na Paraíba, diz PRF

Um advogado do Rio Grande do Norte foi detido nesta quinta-feira (18) suspeito de ter ameaçado policiais rodoviários federais no momento de uma abordagem, na BR-101, em Mamanguape. A informação foi repassada pela PRF após o advogado ter o carro retido por estar com o licenciamento atrasado.

De acordo com a PRF, depois de constatar que o licenciamento do veículo estava atrasado e informar o valor da multa para esse tipo de infração (R$ 293,43), o advogado, identificado como Gabriel Bulhões, disse que providenciou o pagamento das taxas atrasadas naquele momento. No entanto, além da multa, a infração também consiste no recolhimento do automóvel para o pátio da PRF. Após alegar que estava com os comprovantes dos pagamentos das taxas no celular, o motorista exigiu a liberação do automóvel.

No entanto, os policiais informação que a legislação não permite a liberação apenas com a informação de que as taxas estariam pagas, mas sim com a apresentação do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) atualizado ou com a constatação via sistemas de consultas oficiais sobre a regularização do licenciamento referente ao ano de 2018.

Segundo a PRF, sem poder retirar o veículo do local, o advogado teria se negado a cumprir a lei e teria ameaçado os policiais, intimidando a equipe. Por se opor à execução de um ato legal e ameaçar o funcionário que estava em trabalho, o advogado foi conduzido para a sede da Polícia Federal, em Cabedelo, na Grande João Pessoa.

No entanto, de acordo com a advogada de defesa do motorista, Natália Alves, o pagamento foi feito em um local conveniado com o Detran do Rio Grande do Norte, atualizando o débito automaticamente no sistema, mas mesmo assim a PRF teria recusado a liberação do veículo. "Nesse momento, foi solicitada por Gabriel uma certidão circunstanciando a situação, ocasião na qual foi negada tal possibilidade de forma indesviável, o que o motivou a cessar qualquer tipo de diálogo e sentar onde já estava com o aparelho celular em mão, gravando a partir de então o áudio daquele momento", disse a nota.

De acordo com a defesa, um dos policiais pegou o celular do motorista, o ameaçou e deu voz de prisão ao advogado pelo crime de coação. A advogada Natália Alves disse que, na sede da PF, nada foi lavrado contra o advogado, que foi ouvido na condição de declarante pelo delegado da Polícia Federal (DPF).

*G1 PB

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