quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Lêdo Engano da Juventude

A Juventude costuma de alguma forma discriminar os idosos, colocando-os sempre a margem da sociedade, como se fossem objetos imprestáveis, seres descartáveis que como dizem: “já deram o que tinha de dar”.
E o pior é que a mídia se acovarda a tudo isso e só mostra em seus horários nobres, coisas que a juventude gosta e o resto que se ferre.
A juventude não gosta de músicas velhas por melhor que sejam os seus conteúdos, em compensação adoram tudo que pensam ser novo, mesmo que seja a pior das opções.
Sabendo que é música de outras gerações, nem quer escutar para fazer o seu Juízo de valor, só por ser “das antigas”, como dizem, já descartam, porque simplesmente abominam a coisa “velha”.
Quando de repente, Leonardo grava “EU NÃO SOU CACHORRO NÃO”, do saudoso e “antigo” cantor romântico, VALDIK SORIANO. E quando isso acontece a juventude aplaude e comenta: “Já viram a nova música de Leonardo”? Já o jóvem e talentoso cantor Luan Santana, incluí no seu recente álbum: “A LOIRA DO CARRO BRANCO”, música que para “os da antiga”, pertence ao mais ancestral gênero sertanejo.
E todo mundo novamente comenta que é um luxo a nova música de Luan Santana. Ora nova música! Eles é que pensam. Essa “é das antigas”, pois já foi ouvida e curtida pelos seus avós, pais e nem é de Luan Santana.
Resumindo: Qualquer música “das antigas” que for gravada pelo cantor da moda, vira sucesso e leva o nome de música nova.
Ledo engano da nossa juventude, que, aliás, nem descobriu ainda que a vida é pura ilusão, ilusão e nada mais.
Aqui tudo é muito passageiro. O que parece não chegar nunca, surge quando a gente nem espera. Os dias se passam numa velocidade incrível, a juventude se esvai num sonho de mágica a vida adulta se apresenta sem a gente notar, nem planejar, vem com ela as responsabilidades da vida e com mais rapidez ainda, a velhice e a morte.
E o pior, como já disse em outra ocasião, a gente nem percebe que está passando por esse processo de mutação, pois, o espírito não envelhece e por isso, enquanto os outros ficam chamando a gente de rapazinho, adulto e velho, por dentro nos imaginamos uma criança, às
vezes discordamos até das imagens que nos são apresentadas pelo espelho.
É por isso que as pessoas idosos, são vulneráveis a uma queda acidental, porque espiritualmente, estão com a mesma disposição de quando eram jovens e assim não vislumbram que a carcaça já não suporta mais o peso dos anos.
Para vocês queridos jovens, afirmo com toda segurança: Viver é uma arte e a arte de viver encontra mais facilmente o sucesso no saber selecionar as coisas; A melhor música, o melhor remédio, a melhor companhia, a melhor oportunidade de ser feliz.
Nesse processo de seleção, podemos encontrar muitas informações úteis, na experiência apurada do nosso ancião, a exemplo do que acontecesse em outras civilizações do mundo, como nas comunidades Japonesa e Chinesa, que tem os idosos como um legado, como relíquia da mais alta estima.
O ancião aprendeu sofrendo, errando, tentando de novo. Os jovens, quando se distanciam dos velhinhos, além de cometerem uma ingratidão desmedida com quem construiu a sua própria história, ainda perdem a oportunidade de receberem deles, sem nenhum esforço e gratuitamente, a essência do que irão necessitar para uma vida mais
alvissareira e prazerosa.
Não quero dizer aqui que o velho sabe tudo não, pois o universo do conhecimento é infinito. No entanto, que o avançar da idade trás amadurecimento isso é inegável e todo mundo sabe que a experiência ensina o homem a errar menos, ou na pior das hipóteses, ser mais consciente no cometimento dos erros. É como já diz o “velho” adágio popular: “MACACO VELHO NÃO BOTA A MÃO EM BURACO”!
*Hildebrando Diniz/Catolenews

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