"O sonho de Inácio Garapa era largar a roça, era não ter que trabalhar todo dia para ter que sustentar a família, era não ter que passar por uma seca e passar necessidade. O sonho dele era escrever um livro já que ele gostava de fazer versos, mesmo analfabeto, assim como foi Patativa do Assaré. Ele tinha o sonho de ser candidato a vereador, ser político. Sonho de ser um violeiro. Então ele buscava este sonho, e daí a gente já tinha o roteiro! Aí, fomos buscar os personagens."
E foi mais ou menos assim que o sonho de J. Gomes começou a tomar corpo na cidade de Alexandria, Alto Oeste potiguar. O filme é uma comédia matuta que conta a saga de um homem da roça, pobre e analfabeto, casado e um pouco trapalhão. "O roteiro foi praticamente uma criação coletiva a partir da ideia central que criei. O principal era que a história tinha que caber dentro de Alexandria, por causa das gravações e dos cenários, e com a participação das pessoas comuns da cidade. Então a história tinha que ser compatível com a realidade que tínhamos," conta o idealizador e produtor do longa-metragem, que por sinal já esta fazendo sucesso por onde foi exibido.
A estreia foi em Alexandria/RN, e o filme também já foi exibido em Natal/RN. Ontem foi a estreia em Areia Branca/RN, com nova sessão programada para hoje na praça da cidade. Após as exibições será vendido o DVD do filme por 20 reais. "Precisamos arrecadar alguma coisa para cobrir os custos de produção," explica J. Gomes.
O diretor lembra da insegurança que ele e a equipe sentiram na primeira exibição em Alexandria/RN. "Apesar de termos certeza de ter feito um bom trabalho, ficamos todos com medo do público não gostar. Então ficamos do lado de fora da sala de exibição, mas quando começamos a ouvir as risadas e as palmas, entramos de novo," contou. "E em Natal/RN a receptividade também foi excelente. O público aplaudiu o filme de pé."
Na plateia estava a promotora de justiça Érica Canuto de Oliveira Veras, que é ouvidora do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Entusiasmada com o filme, ela comentou o trabalho: "Fiquei muito impressionada com o enredo, que prendeu a todos do início ao fim. Difícil dizer qual foi a melhor cena: o sonho de Inácio Garapa, que acorda com um cachorro lambendo sua boca, a mudança da família do protagonista na carroça, o "banho de cultura" de Inácio Garapa na casa de Maria Carlos, o incêndio da casa, com toda aquela produção de efeitos especiais ou, mesmo, a fuga de Inácio Garapa só de cueca por entre os matos, poças de lama e outros obstáculos." Érica também elogiou a trilha sonora, a fotografia, o enredo, os objetos e figurinos.
O filme tem uma hora e 30 minutos de duração, foi rodado com uma câmera apenas, e consumiu quatro meses de trabalho, com a participação entusiasmada da comunidade alexandriense, e mais R$ 20 mil investidos por J. Gomes. "Como não tínhamos dinheiro, esse filme nasceu de força de vontade. Comprei uma câmara e um computador. Eu nunca tinha feito um projeto desses. Foi muito difícil, mas realizei o meu sonho. Eu queria ser o primeiro a produzir um filme em Alexandria/RN. Até no roteiro a gente economizou, eu costumo brincar. Senão o filme não saía. Para contratar uma produtora ia ser muito caro e difícil," explica.
O mais novo diretor de cinema, J. Gomes revela que quando criança brincava de fazer filmes. "Eu via alguma coisa na televisão e já ficava imaginando como era que se fazia. Depois que conheci cinema, me apaixonei. Nunca vi uma produção de verdade, um set de filmagem. E a experiência que tenho é o que aprendi quando trabalhei como câmera para uma afiliada da TV Record.
J. Gomes faz questão de dividir os méritos desta façanha com a equipe toda, e até a cidade de Alexandria/RN toda. "Hoje a minha equipe inclusive se tornou uma família," disse emocionado, e revelou o sonho de dar continuidade à saga de Inácio Garapa. "Tal qual o Jeca Tatu, o Inácio Garapa é um personagem que rende muitas histórias," filosofou.
*Larissa Newton/Omossoroense
E foi mais ou menos assim que o sonho de J. Gomes começou a tomar corpo na cidade de Alexandria, Alto Oeste potiguar. O filme é uma comédia matuta que conta a saga de um homem da roça, pobre e analfabeto, casado e um pouco trapalhão. "O roteiro foi praticamente uma criação coletiva a partir da ideia central que criei. O principal era que a história tinha que caber dentro de Alexandria, por causa das gravações e dos cenários, e com a participação das pessoas comuns da cidade. Então a história tinha que ser compatível com a realidade que tínhamos," conta o idealizador e produtor do longa-metragem, que por sinal já esta fazendo sucesso por onde foi exibido.
A estreia foi em Alexandria/RN, e o filme também já foi exibido em Natal/RN. Ontem foi a estreia em Areia Branca/RN, com nova sessão programada para hoje na praça da cidade. Após as exibições será vendido o DVD do filme por 20 reais. "Precisamos arrecadar alguma coisa para cobrir os custos de produção," explica J. Gomes.
O diretor lembra da insegurança que ele e a equipe sentiram na primeira exibição em Alexandria/RN. "Apesar de termos certeza de ter feito um bom trabalho, ficamos todos com medo do público não gostar. Então ficamos do lado de fora da sala de exibição, mas quando começamos a ouvir as risadas e as palmas, entramos de novo," contou. "E em Natal/RN a receptividade também foi excelente. O público aplaudiu o filme de pé."
Na plateia estava a promotora de justiça Érica Canuto de Oliveira Veras, que é ouvidora do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Entusiasmada com o filme, ela comentou o trabalho: "Fiquei muito impressionada com o enredo, que prendeu a todos do início ao fim. Difícil dizer qual foi a melhor cena: o sonho de Inácio Garapa, que acorda com um cachorro lambendo sua boca, a mudança da família do protagonista na carroça, o "banho de cultura" de Inácio Garapa na casa de Maria Carlos, o incêndio da casa, com toda aquela produção de efeitos especiais ou, mesmo, a fuga de Inácio Garapa só de cueca por entre os matos, poças de lama e outros obstáculos." Érica também elogiou a trilha sonora, a fotografia, o enredo, os objetos e figurinos.
O filme tem uma hora e 30 minutos de duração, foi rodado com uma câmera apenas, e consumiu quatro meses de trabalho, com a participação entusiasmada da comunidade alexandriense, e mais R$ 20 mil investidos por J. Gomes. "Como não tínhamos dinheiro, esse filme nasceu de força de vontade. Comprei uma câmara e um computador. Eu nunca tinha feito um projeto desses. Foi muito difícil, mas realizei o meu sonho. Eu queria ser o primeiro a produzir um filme em Alexandria/RN. Até no roteiro a gente economizou, eu costumo brincar. Senão o filme não saía. Para contratar uma produtora ia ser muito caro e difícil," explica.
O mais novo diretor de cinema, J. Gomes revela que quando criança brincava de fazer filmes. "Eu via alguma coisa na televisão e já ficava imaginando como era que se fazia. Depois que conheci cinema, me apaixonei. Nunca vi uma produção de verdade, um set de filmagem. E a experiência que tenho é o que aprendi quando trabalhei como câmera para uma afiliada da TV Record.
J. Gomes faz questão de dividir os méritos desta façanha com a equipe toda, e até a cidade de Alexandria/RN toda. "Hoje a minha equipe inclusive se tornou uma família," disse emocionado, e revelou o sonho de dar continuidade à saga de Inácio Garapa. "Tal qual o Jeca Tatu, o Inácio Garapa é um personagem que rende muitas histórias," filosofou.
*Larissa Newton/Omossoroense
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