Cássio Brito (PT) não compareceu à sessão em Babaçulândia, no Tocantins.
O atual presidente diz que a eleição foi ilegal.
Escolha do novo presidente da Câmara Municipal de Babaçulândia aconteceu na calçada
(Foto: Reprodução/Facebook)
A cidade de Babaçulândia, no norte do Tocantins, viveu nesta quinta-feira (18) uma história curiosa que parece ter sido imaginada por um autor de novelas. O problema é que trata-se de um fato. A nova presidência da Câmara de Vereadores do município foi escolhida na calçada, no lado de fora do parlamento. O motivo foi a ação do atual presidente Cássio Brito (PT) que deixou o local trancado e não compareceu à sessão.
De acordo com o vereador Edmilson Bibi (PMDB), vice-presidente da Câmara, devido a ausência de Cássio Brito foi ele quem presidiu a sessão, que contou com a participação de seis vereadores. "Como o presidente se negou a assinar a convocação que fizemos e trancou o parlamento para tentar impedir a votação, fomos obrigados a escolher o novo presidente do lado de fora. Inclusive as atas e carimbos ficaram trancados no prédio e não tivemos acesso. Mandamos fazer novos e seguimos com a eleição", conta.
O parlamentar relatou que o regimento interno da Câmara o autoriza a presidir uma sessão, desde que os vereadores sejam maioria, como no caso dessa eleição que foi realizada com dois terços do parlamento. O vereador conta que apenas nesta sexta-feira (19), ele e os outros cinco que participaram da votação conseguiram acesso ao prédio, mas que eles ainda estão sendo impedidos de acessar os documentos da Câmara.
Sendo assim, mesmo com a ausência do vereador Cássio Brito, a reunião foi realizada e o novo presidente da Câmara Municipal de Babaçulândia foi eleito na calçada do prédio. O escolhido para o biênio de 2015 e 2016 foi o vereador Cícero Hermes (PSDB).
Indignação
Os moradores de Babaçulândia recorreram às redes sociais para mostrar a indignação. Um deles classificou o caso como uma "vergonha para a democracia". A cidade tem uma população estimada em 10.728, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e por ser pequena a situação acabou ganhando grande repercussão no município.
Posição do atual presidente
O vereador Cássio Brito disse por telefone ao G1 que a eleição para a nova presidência foi ilegal e provocada por disputas políticas. "Eu tenho até o dia 30 de dezembro deste ano para convocar a sessão para a escolha, o que vou fazer. Essa sessão realizada por eles não tem validade", justificou o presidente.
Brito afirma que chegou a acionar a Polícia Militar para evitar que o prédio fosse arrombado. A PM de Babaçulândia confirmou que esteve no local, mas que não precisou agir porque não percebeu nenhuma irregularidade.
*Monique Almeida/ G1 TO
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