Quarteto teria confundido carro de possível vítima de roubo com veículo que promotor conduzia (Foto: Luis Henrique Oliveira/G1 AM)
O titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), Adriano Félix, disse nesta quinta-feira (25) que a tentativa de homicídio contra o promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá ocorreu após os quatro suspeitos presos confundirem o carro da vítima com o de outra pessoa que pretendiam roubar. O crime ocorreu no dia 15 de maio deste ano e os suspeitos foram presos há uma semana.
O quarteto foi preso em cumprimento a mandados de prisão expedidos no dia 19 de junho pelo juiz de Direito da primeira Vara criminal, Luiz Alberto. A prisão foi divulgada pela Polícia Civil na quarta-feira (24).
O delegado titular da DERFD, Adriano Félix, informou que os quatro são conhecidos por praticar roubos em agências bancárias. No dia do ocorrido, eles estavam observando uma pessoa que faria um saque de R$ 50 mil em um banco localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus.
De acordo com a Polícia Civil, a possível vítima do grupo estava em uma Hilux de cor branca. Em determinado momento do percurso, quando trafegavam pela Avenida Coronel Teixeira no bairro Compensa, Zona Oeste, os infratores confundiram o carro que seguiam com outro da mesma marca e da mesma cor, pertencente ao promotor.
"As câmeras do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) foram requisitadas pela equipe da DERFD e conseguimos detectar, no início da Avenida Coronel Teixeira, o 'encontro' de duas Hilux brancas idênticas. Foi aí que os criminosos perderam a suposta vítima, que teria sacado R$ 50 mil", explicou o delegado.
Segundo Félix, um dos suspeitos tem passagem pela polícia por latrocínio. Ele, que teria coordenado a ação criminosa, fugiu para o município de Maués após o ocorrido. Já os outros três suspeitos foram encontrados nos bairros Amazonino Mendes e Cidade de Deus, ambos na Zona Norte da capital.
O Ministério Público do Amazonas participou das investigações após o crime. O procurador-geral em exercício do Ministério Público, Dr. Pedro Bezerra, comentou a prisão do quarteto. "Nós ficamos aliviados com o fato de que realmente não foi algo direcionado ao membro da instituição. Foi uma situação de equívoco", resumiu.
O quarteto vai responder por latrocínio e formação de quadrilha. Eles serão encaminhados à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus.
Entenda o caso
O promotor Paulo Stélio foi baleado com três tiros ao chegar em casa, na Zona Oeste de Manaus. Uma câmera de segurança da residência onde mora o servidor registrou a ação dos suspeitos.
Nas imagens, a vítima aparece chegando de carro na casa, por volta das 13h30. Ao colocar o veículo na garagem, ele é surpreendido pelos suspeitos, que invadem o local em uma motocicleta.
O garupa da moto aparece na imagem logo em seguida. Ele ameaça o promotor com um revólver e chega a forçar as portas do veículo para que o promotor saísse do automóvel. A vítima chegou a buzinar para chamar a atenção dos vizinhos, mas foi alvejado por tiros de pistola calibre 380, informou o MP-AM.
Em nota, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) afirma que montou uma força-tarefa para investigar o caso.
*colaborou Luis Henrique Oliveira, do G1 AM
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