
Há cerca de dois anos, ações semelhantes a estas começaram a se espalhar rapidamente pela região. Os crimes ocorriam em um raio de distância de Mossoró semelhante à esse dos quatro últimos assaltos. Mas, diferentemente dessas últimas ações, a maioria dos crimes era cometida nas rodovias federais e estaduais. Os principais alvos, naquela época, eram os ônibus interestaduais, transportes alternativos e, mais dificilmente, carros de passeio - roubados apenas para prática de assaltos. Depois de desafiarem as autoridades, a resposta veio e mais de 20 foram presos ou mortos.
Depois disso, os assaltos voltaram a ocorrer com uma grande frequência na região Oeste do Rio Grande do Norte. Cidades como Caraúbas e Apodi eram os principais alvos dos bandidos, que chegaram a atacar ônibus com estudantes universitários, um carro de passeio com comitiva de vereadores e sequestraram um ex-prefeito da região, juntamente com outras pessoas. As ações passaram a ocorrer com uma grande frequência e o "estopim" foi o sequestro do ex-prefeito. Assim como da outra vez, a resposta veio rápido e alguns suspeitos foram presos e outros foram mortos.
A última ação mais violenta, antes dessa série de quatro assaltos em cidades próximas a Mossoró, foi também contra um ex-prefeito, porém, dessa vez, terminou com três pessoas mortas, sendo dois deles policiais militares que faziam a segurança do ex-prefeito. Novamente, houve uma grande mobilização das forças policiais e o Governo divulgou amplamente na mídia que daria uma resposta enérgica aos autores dessa chacina, porém, até hoje, ninguém foi responsabilizado. A maior parte das ações repressivas anunciadas após a chacina não chegou, de fato, à região Oeste do RN.
Entre as ações que mais foram comemoradas pelos moradores da região Oeste era a presença ininterrupta das equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), sediado em Natal, mas que seria designado para atuar na região e combater o crime, como também auxiliar no trabalho de investigação da Polícia Civil para identificar e prender os autores da chacina contra o ex-prefeito de Campo Grande. Segundo apurou a reportagem com moradores da região, a equipe do Bope chegou a passar alguns dias depois da chacina na região, mas logo retornou à capital potiguar.
Fonte: Jornal de Fato
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