O bafômetro é um aparelho que permite determinar a concentração de bebida alcoólica analisando o ar exalado dos pulmões de uma pessoa. É também conhecido pela denominação técnica “etilômetro”, devido às reações que envolvem o álcool etílico presente na baforada do suspeito e um reagente.
Todos os tipos de bafômetros são baseados em reações químicas, e os reagentes mais comuns são dicromato de potássio e célula de combustível. A diferença entre estes dois reagentes é que o dicromato muda de cor na presença do álcool enquanto a célula gera uma corrente elétrica.
O mais usado pelos policiais no Brasil é o de Célula de combustível, a química deste bafômetro você vê a seguir:
1. O álcool expirado reage com o oxigênio presente no aparelho, esta reação ocorre com a ajuda de um catalisador;
2. Ocorre a liberação de elétrons, de ácido acético e de íons de hidrogênio;
3. Os elétrons então passam por um fio condutor, gerando corrente elétrica. Um chip presente dentro do aparelho calcula a porcentagem e dá a concentração de álcool no sangue. Quanto mais álcool, maior será a corrente elétrica.
E não existem desculpas para se negar a fazer o teste, como por exemplo:
- Recusar a soprar o canudinho por ele estar contaminado: ele é descartável e tem uma válvula que impede que o ar de dentro volte para sua boca;
- Dizer que não consegue assoprar? É preciso 1 litro e meio de ar para fazer a medição, é o equivalente a um sopro de cinco segundos.
E mais, não adianta tentar disfarçar o hálito, mascar chicletes, tomar azeite, etc, todas essas artimanhas não o impedirão de perder a carteira e ter o veículo apreendido.
A nova Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, já provocou mudanças nos hábitos da população brasileira. Antes, era permitida a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja), agora é preciso ser muito cauteloso na ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir.
Com esta nova legislação, o motorista que for flagrado com nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/l de sangue) terá que pagar uma multa de R$ 955, terá o carro apreendido e ainda perde a habilitação.
A pior conseqüência é para quem estiver embriagado (níveis acima de 0,3 mg/l): o motorista corre o risco de ser preso, e a detenção é de 6 meses a 1 ano.
E por que a nova lei coloca o Brasil entre os países mais rígidos do mundo?
- A Polícia Rodoviária Federal está bem equipada, possui 1 bafômetro para cada 122 Km de rodovias.
- A Polícia Militar de Trânsito também tem bafômetros.
- A dose fatal: é correspondente a 0,1 mg de álcool por litro de baforada. Para atingir esta concentração, basta uma taça de vinho ou uma tulipa de chope.
Como se vê, o bafômetro é um simples aparelhinho portátil que permite medir toda e qualquer concentração de álcool no sangue do motorista, ou seja, é mais fácil ficar só no refrigerante que enganar a tecnologia. Veja agora quanto tempo em média o álcool leva para desaparecer de seu corpo:
Um copo de cerveja (350 ml) – 1 hora;
Uma dose de vinho (150 ml) – 1 hora e 25 minutos;
Uma dose de uísque, tequila ou pinga (50 ml) – 1 hora e 15 minutos.
E não adianta reclamar dizendo que o aparelho está estragado, a margem de erro do bafômetro, segundo o Inmetro, é de apenas 1 %.
fonte: 3ªCPM/7ºBPM - ALEXANDRIA/RN