Os problemas do trânsito não surgiram com a invenção do veículo automotor, muito menos com as grandes cidades. Mas, a falta de segurança no trânsito está relacionada com a soma da bebida e o volante. O álcool, de forma moderada, desde os primeiros tempos da antiguidade é meio de diversão, descontração e alegria para muitos. Entretanto, a leveza de pensamento, a inibição dos reflexos e o limitar do senso de responsabilidade são características emocionais que não combinam com as obrigações do condutor de veículo automotor. Os efeitos produzidos pelo casamento entre a bebida alcoólica e o volante levam um alto número de pessoas a morte, e os índices, segundo órgãos como o Denatran, aumentam anualmente. É cada vez mais crescente essa combinação, principalmente entre os jovens. Uma Pesquisa sobre comportamento no trânsito da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, trouxe resultados alarmantes. Foi avaliado que 80% dos 1.034 universitários entrevistados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro não dirigem após beber, mas retornam no carro de amigos que ingeriram bebidas alcoólicas. Já 36% destes estudantes disseram ir e voltar de festas sem beber, enquanto 31% dirigem mesmo após ter bebido pouco. A lei seca é “constrangedora” e de difícil aplicabilidade, mas é salutar, embora tardia, porque no Brasil foi implantado a “cultura” do beber e dirigir, que está dificultando o cumprimento das medidas necessárias à segurança no trânsito. O espírito de uma lei é regado pelo clamor social, estudos técnicos e vontade política. A população chora, todos os anos, as milhares de mortes ocasionadas pelo trânsito inseguro resultante do álcool e direção. Novas regras que foram incluídas na medida provisória nº 415 a pedido da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, atendendo a um clamor popular contra a impunidade das mortes e lesões anualmente produzidas pelo trânsito no Brasil. Todos os dados e pesquisas apontam que o fator álcool e direção são responsáveis pela maioria dos desastres no trânsito. A Lei seca, de forma alguma, pode ser atropelada e requer atenção especial das autoridades de trânsito, até que “beber” e “ não dirigir” se torne uma constância automática na população como, por exemplo, foi pôr o cinto de segurança. Essa é a maior razão de ter sido instituído o dia 09 de abril como o dia de conscientização de não beber enquanto dirigir. Por isso esse esforço de conscientização não pode se limitar apenas ao período de entrada em vigor da lei, mas deve ser uma constância do governo e segmentos da sociedade através de um forte trabalho de divulgação e informação em busca da implementação de um trânsito mais seguro. A Lei que entrou em vigor não é contra a liberdade da ingestão de bebida alcoólica, mas apela frontalmente contra a vontade de quem bebe e quer dirigir. Para o legislador e para a maioria da população de bem, no veículo, o álcool só tem lugar no porta-malas ou no tanque de combustível, quando muito, no banco de passageiro e sem esquecer o cinto de segurança. Mas nunca ao volante. O trânsito e a segurança são os desafios do século XXI e os cidadãos devem estar prontos para as adaptações que serão feitas a fim de assegurar uma vida melhor para todos.
Fonte: transitobrasil
Fonte: transitobrasil
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