sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pistoleiro escapa pela porta da frente

O criminoso José Delano Diógenes, "Delaninho", que tem 33 anos e uma extensa ficha de crimes cometidos em alguns Estados da região Nordeste, fugiu pela porta da frente da Cadeia Pública de Mossoró no fim da semana passada, onde estava preso desde novembro de 2009. Na sua ficha, consta também uma considerável relação de fugas de outras unidades prisionais, inclusive de Mossoró. Entre os seus crimes, consta a morte do presidente da Câmara de Alexandria em janeiro de 2000.
Delaninho, com ficou conhecido o criminoso natural de Fortaleza (CE) no fim da década de 90 e início desta, era envolvido com uma numerosa quadrilha que cometia crimes de pistolagem e grandes assaltos na região Nordeste. Ele havia sido transferido para a Cadeia Pública de Mossoró em 29 de setembro de 2009, após ser preso com um farto arsenal bélico pelos policiais do Tocantins. Na época, a Polícia informou que ele teria ido ao local com a incumbência de matar um empresário. Porém, havia outra versão de que ele teria ido buscar armas para reforçar seu bando.
Na Cadeia Pública de Mossoró, segundo a diretora-adjunta Francinete Fernandes, o criminoso, apesar de sua extensa ficha, apresentou bom comportamento e por isso foi escolhido para a realização de serviços internos. Ela explica que é comum a utilização de detentos nos serviços de limpeza e manutenção do prédio, já que não há uma empresa contratada para essas atividades. Na sexta-feira passada, 16, Delano havia sido retirado da cela para fazer serviços de limpeza, como de praxe, mas dessa vez surpreendeu e aproveitou essa oportunidade para escapar pela porta da frente.
No Tocantins, segundo apurou a reportagem, Delano era mantido preso em uma unidade de alta segurança, que se assemelha às unidades prisionais do Sistema Penitenciário Federal (SPF), porém foi transferido para Mossoró. Em vez do Presídio Federal, ele foi mandado para a Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza, unidade prisional para presos provisórios. Em sua trajetória de crimes, ele já havia escapado de uma outra unidade prisional do RN, quando foi preso com uma quadrilha de assaltantes. Na época, ele foi transferido para o RN, mas fugiu logo depois.
Procurado pela reportagem, um dos policiais que investigaram os crimes cometidos por Delano na região Oeste do Estado potiguar mostrou-se espantado com a facilidade de sua fuga e questionou a sua escolha para a realização de serviços externos. "O ramo dele é pistolagem. A família Diógenes do Vale do Jaguaribe (no Ceará) é tradicional no mundo do crime, principalmente em assaltos e pistolagem. Ele era para estar lá, pela alegação de estar perto dos seus familiares (conforme a Lei de Execuções Penais). A família dele é toda de lá", diz o delegado, que pede anonimato.
Para esse mesmo delegado, o perfil frio e calculista do pistoleiro pode ter sido o diferencial para que ele conseguisse o benefício da semiliberdade, já que era retirado da cela e podia ficar do lado de fora da muralha da Cadeia Pública de Mossoró. "Ele era um cara de boa aparência, aquele boa pinta mesmo, sabe? Salvo engano, na época em que foi investigado pela morte do presidente da Câmara, ele era até universitário. Uma pessoa tranquila, educada, falante... A gente olha para ele e não o vê como um marginal. "Realmente, ele deve ter apresentado um bom comportamento."
fonte:jornaldefato

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