Sabemos que o conceito de "liberdade" vai muito além das representações materiais, o mesmo é idealizado por prerrogativas que penetram no universo das abstrações e coabitam no sentido expansivo da mentalidade humana. Ser livre é compreender que apesar dos embates vivenciados ao longo do tempo, temos autonomia para decidir aquilo que é melhor à nossa sobrevivência. Enfatizando nesse contexto que um indivíduo só deixa de ser livre quando aprisiona sua alma no cárcere da emoção, até lá você é homem, depois, subordinado.
Mas quando estamos diante de uma sociedade passiva, condenada pela padronização do meio e imposição das práticas sociais, como lidar e manter princípios na "ERA DA OBEDIÊNCIA"? Os homens estão perdendo seus atributos, deixaram de pensar e transformaram-se em "robôs”, produtos de uma linha de produção onde o patrão é temido e o operário servo. Minha sociedade parece ter esquecido que ética, moral e honra vem do berço e não são negociados por míseros trocados, valores não são vendidos, mas reivindicados e garantidos no decorrer de sua existência.
Viver bem numa sociedade doente não é sinal de felicidade, apenas mais uma confirmação de que você está adaptado e já aceitou ser um parafuso dessa máquina de produção. "ACEITAR SEM CONTESTAR" é o lema de um povo que aprendeu na escola da vida que é melhor contribuir com a perpetuação do que exigir direitos que nunca lhes foi concedidos. Ser crítico numa sociedade de surdos é assemelhasse a um estranho no ninho, repleto não de pássaros, mas de cobras.
Diante de tais condições, não espero mudanças, afinal seria exigir muito de mendigos condenados a receber esmolas. Sou grato ao recordar que estou plantando as bases da conscientização numa terra marcada pela seca da cultura, de elites dominantes, latifúndios ricos em maracutaias e pobres de gente honesta. Mais que acima de tudo ainda é habitada por sertanejos trabalhadores.
Autor: Alyson Waldvorgem Pinheiro Vieira, Administrador do Blog José da Penha Transparente.
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