Um caso revoltou a população da cidade de Parnaíba, no Litoral do Piauí. Um casal deixou os filhos, um de dois anos e outro de quatro anos, trancados, amarrados e sozinhos dentro de casa no bairro João XXIII. Segundo o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Costa Lima, a negligência dos pais foi descoberta no fim de semana depois que vizinhos escutaram o choro de crianças e acionaram a polícia.
“Quando os militares chegaram à residência, ela estava fechada. Eles bateram na porta e como ninguém abriu tiveram que arrombar. Ao adentrar na casa viram as crianças com os pés e mãos amarrados”, contou.
Após desamarrar a menina e o menino, a polícia chamou o Conselho Tutelar e aguardou a chegada dos pais das crianças. Conforme Costa Lima, o pai da criança justificou a atitude dizendo que precisou amarrar os filhos enquanto ia pegar a mulher no trabalho. Esta versão foi contestada pela polícia, já que os vizinhos denunciaram que escutam as crianças gritarem com frequência, além disso, alguns móveis como cômodas também estavam com as portas amarradas.
“A vizinhança disse que quase todos os dias depois de uma hora da madrugada ouvia o choro das crianças e pedidos de socorro, logo acreditamos que estas crianças eram trancadas e amarradas com frequência”, disse o tenente coronel.
O casal foi levado à Central de Flagrantes e detido sob a suspeita de abandono de incapaz. Já as crianças foram encaminhadas para uma casa de acolhimento pelo Conselho Tutelar onde permaneceram até esta terça-feira (2). A coordenadora do Conselho Tutelar de Parnaíba, Raimunda Dionísio, informou ao G1 que o casal perdeu provisoriamente a guarda dos filhos.
“O caso será encaminhado ao Ministério Público para que sejam adotadas as medidas cabíveis. Os pais prestarão esclarecimentos à polícia e deverão ser responsabilizados. Não sabemos informar continuam presos, mas a partir de hoje, as crianças irão conviver com outro familiar. O pai já deixava os filhos trancados e terá que explicar por que os amarrava. Apesar de não haver marcas de agressões na menina e no menino, não há condições para que os pais voltem a criar os filhos", esclareceu a conselheira.
*Do G1 PI
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