quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Fotografo natalense fica revoltado após viajar mais de 500 km e ser proibido de tirar fotos no Vale dos Dinossauro, na PB

O fotografo Canindé Soares da cidade de Natal no vizinho estado do Rio Grande do Norte, foi proibido no último dia 11 de outubro, pela direção do Complexo Turístico Vale dos Dinossauros em Sousa no Sertão da Paraíba, de fazer fotografias no interior do Vale.

Conforme informações, o fotografo natalense viajou mais de 500 quilômetros de Natal Para Sousa, em companhia do colega Jaíson Fernandes, com intuito de fazerem fotografias do Vale dos Dinossauros, mas ao comaçar a fazer os primeiros cliques, foram surpreendidos por um segurança que informou que no local só poderia usar celulares para fazer as fotos e por turistas.

Diante do ocorrido, Canindé Soares pediu para entrar em contato com a diretora da instituição que também manteve a proibição, informado que para a imprensa fotografar o local tem que ser emitido um ofício antes, solicitando a permissão para fazer as devidas fotografias.

“Na minha humilde opinião, criar uma lei para que a imprensa só possa fotografar uma instituição pública e que é aberta a visitação pública, com um pedido formal, é o extremo do absurdo quando não tem uma justificativa. Acredito que quem inventou essa tal lei tenha saudade do tempo da ditadura e precisa reviver e viver o direito de ter o poder do autoritarismo absurdo. Onde já se viu proibir o registro de um sítio paleontológico por quem tem um único objetivo, senão o de divulgar”, desabafou Canindé Soares. 

De qualquer forma está aí na imagem o único registro que ainda pude fazer antes do basta do segurança da instituição.


O Vale dos Dinossauros é uma unidade de conservação no estado da Paraíba, criada em 27 de dezembro de 2002pelo Decreto Estadual N.º 23.832. Um dos mais importantes sítios paleontológicos existentes, onde registra-se a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo.

Compreende uma área de mais 1.730 km², abrangendo aproximadamente 30 localidades no alto sertão da Paraíba (Brasil), entre elas os municípios de Sousa, Aparecida, Marizópolis, Vieirópolis, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Santa Cruz, Santa Helena, Nazarezinho, Triunfo, Uiraúna, Cajazeiras. Os registros mais importantes estão no município de Sousa, distando 7 km da sede do município. O acesso é feito pela PB-391 sentido Sousa/Uiraúna.

Os achados mais importantes estão na Bacia do Rio do Peixe, município de Sousa, a 420 km de João Pessoa. Lá, encontram-se rastros e trilhas fossilizadas de mais de 80 espécies em cerca de 20 níveis estratigráficos. Destacam-se as trilhas das localidades da Passagem das Pedras, onde foram descobertas os primeiros indícios de dinossauros brasileiros, no fim do século XIX.

Em toda a região, encontram-se rastros fossilizados cujo tamanho varia de 5 cm (de um dinossauro do tamanho de uma galinha), até 40 cm, como as pegadas de iguanodonte de 4 toneladas, 5 metros de comprimento e 3 metros de altura. A maioria das pegadas são de dinossauros carnívoros. Uma trilha com 43 metros em linha reta é a mais longa que se conhece no mundo. De acordo com os paleontólogos, esses rastros têm pelo menos 143 milhões de anos.

Existe também (embora em menor quantidade), marcas petrificadas de gotas de chuva, plantas fósseis, ossadas parciais de animais pré-históricos e pinturas rupestres feitas pelos antigos habitantes. Estas últimas localizam-se principalmente no Serrote do Letreiro (em Sousa) e Serrote da Miúda (nos municípios de São Francisco e Santa Cruz ).

As marcas deixadas por esses animais pelo sertão paraibano despertam o interesse de cientistas brasileiros e estrangeiros, atraindo também muitos turistas e curiosos de todo o mundo.

*Do Sertão Informado  com informações de pagina de Canindé Soares e www.pt.wikipedia.org

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