Maior fabricante de armas da América Latina, a empresa Forjas Taurus, com sede no Rio Grande do Sul, teve dois ex-executivos denunciados pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal do mesmo estado pela venda de armamento a um conhecido traficante do Iêmen.
De acordo com documentos judiciais que a Reuters teve acesso, Fares Mohammed Mana'a, listado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos maiores traficantes internacionais de armas, enviou o material ao seu país em guerra civil, em um ato de violação a sanções internacionais.
As vendas foram negociadas e fechadas, segundo a denúncia, apesar de a empresa saber das restrições de negócios com o iemenita.
Os procuradores acusaram em maio os dois ex-executivos da Taurus por enviar 8 mil pistolas e revólveres de uso exclusivo das forças policiais para Mana'a.
As armas foram supostamente enviadas pela Taurus para Djibuti, pequeno país do nordeste da África, e redirecionadas para o Iêmen por Mana'a, de acordo com os documentos judiciais.
Na lista de países sob embargo da ONU desde 2014 e também do governo dos Estados Unidos, o Iêmen, localizado no Oriente Médio, na extremidade sudoeste da Península Arábica, vem sendo desde o início do ano passado castigado por uma guerra civil que já matou milhares de militares e civis, com os rebeldes houthis apoiados pelo Irã desafiando o governo aliado da Arábia Saudita.
Devido ao embargo, o Iêmen não pode receber armas de nenhum porte. Nos últimos 18 meses, foram ao menos 10 mil mortos no país, incluindo cerca de 4 mil civis, segundo a ONU.
*Da Reuters/G1 RS
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