Especialista orienta como os candidatos devem proceder para realizar a prova
Às vésperas de uma das provas mais esperadas e concorridas do país, especialmente para o público estudantil, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), milhares de jovens vêm estudando arduamente para alcançar um bom desempenho e então conseguir uma vaga na universidade.
O exame, aplicado pelo MEC por meio do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), foi criado em 1998 com o objetivo de diagnosticar a qualidade do ensino médio, e a partir de 2009 começou a ser a prova oficial para ingressar nos cursos superiores das universidades públicas.
Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, esclarece como proceder para ter o equilíbrio necessário para a realização do exame e controlar as aflições geradas em torno da realização e resultado da prova. “Existe uma crença de que esta é a chance que existe de seguir em frente ou a frustração de ter que esperar mais um ano para concorrer novamente. A pressão exercida pelos pais ou pelo próprio candidato faz com que pensamentos negativos e o medo do fracasso sejam potencializados.”, alerta.
A especialista acrescenta que se o candidato conseguir se preparar com antecedência, as chances de não se prejudicar pelo nervosismo são poucas. “O primeiro passo é a preparação em conhecimento. É preciso que o candidato esteja preparado para enfrentar as diversas áreas abordadas nas provas. Não se prender ao que faltou estudar, pois geralmente o candidato vai acreditar que não estudou o suficiente ou que não está preparado, mas é preciso potencializar o que sabe”, orienta.
Para fugir dos pensamentos negativos a especialista ensina como é possível mudar os pensamentos de insegurança que podem prejudicar na hora da prova. “Dominar os pensamentos não é tarefa fácil, mas é preciso evitar os pensamentos de fracasso como "não sou capaz" ou "não vou dar conta". Isto bloqueia a mente para novos conhecimentos. Quando estes pensamentos surgirem é preciso seguir uma regrinha: DCD - Duvidar, criticar e determinar. Ou seja, duvide desta falsa crença, se pergunte o que há de verdade nesse pensamento, critique-o reafirmando que você está preparado ou até mesmo que se preparou como podia, determine, baseado na sua preparação, que fará o melhor que puder”, direciona Sarah Lopes.
A psicóloga ressalta que dormir é essencial para que o cérebro e o corpo possa se refazer da jornada de estudos. “Não vale a pena ficar horas a fio estudando, especialmente à noite. Durante o sono, nossa mente se refaz e se reorganiza, como um desfragmentador de disco rígido, organizando tudo que foi assimilado”, afirma.
Outros dois fatores de grande importância é a respiração e a alimentação. Ela destaca que a respiração deve ser funda e lentamente, o controle da respiração faz com que a ansiedade diminua e o pensamento desacelere. A alimentação é essencial, então, é indicado dar preferência a comidas leves. “A ansiedade pode reduzir o apetite, mas a fome é capaz de bloquear o raciocínio”, completa.
A psicóloga ainda acrescenta que os candidatos não devem entender que o Enem é decisivo para suas vidas, e sim, uma etapa. “Não imagine que o Enem é um ‘bicho papão’. É uma avaliação necessária para o ingresso no ensino superior, é uma etapa, um processo, e não é o objetivo final. Confie em você, confie no que estudou, confie nos professores. No dia da prova, imagine que é só você”.
*NPRN/Maximidia