Sede do Itep do Rio Grande do Norte, em Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Entre a madrugada de terça-feira (31) e a manhã desta quarta-feira (1), o Instituto Técnico- Científico da Polícia de Natal (Itep) divulgou uma lista de nove óbitos, todos por arma de fogo. Cinco corpos já foram identificados, mas quatro ainda aguardam identificação. De acordo com um dos delegados da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que não quer ser identificado, oito das mortes tiveram características de execução, apenas uma por tentativa de assalto. Ainda segundo ele, número de ocorrências pode ter a ver com a morte do policial dentro de um shopping na capital na última terça-feira (31).
"Para uma terça-feira é um número de ocorrência três vezes maior que o comum. Não dá para afirmar que foi uma retaliação de fato, mas dá pra dizer que a morte do policial repercutiu nessas mortes justamente pela quantidade", disse em entrevista ao G1.
A polícia ouviu relatos de familiares que confirmaram a ligação das vítimas com assaltos e tráfico de drogas. Para o delegado, não dá para afirmar que foram policias em represália à morte de Daniel Oliveira Pessoa porque bandidos costumam aproveitar esse tipo de oportunidade para executar inimigos e colocar a polícia como suspeita.
"O procedimento de atuação dos criminosos nos casos tem características de execução: homens encapuzados dentro de veículos perseguindo homens específicos. Um, inclusive, viu o companheiro ser executado após exigirem que ficasse de joelhos, tentou fugir para dentro de casa, mas foi perseguido e morto", afirmou.
Entre as vítimas está um ex-presidiário de Alcaçuz que mudou de regime há dois meses. Segundo a esposa, a casa foi arrombada e ele foi morte a tiros.
O homem que morreu baleado após tentar assaltar um bar, é um dos que não foram identificados. Uma tatuagem no braço esquerdo pode ajudar no reconhecimento. Ele tentou assaltar um churrasquinho na noite desta terça-feira (31), na Avenida Romualdo Galvão, no bairro de Lagoa Seca, na zona Leste de Natal. De acordo com o proprietário do estabelecimento, o homem entrou armado anunciando o assalto, um promotor de justiça, que estava armado, reagiu e matou o assaltante.
O promotor, que tinha porte de armas liberado, prestou depoimento e entregou a arma logo em seguida. Ele teria reagido quando o suspeito se aproximava dos clientes.
*Christiane Mussi/G1 RN
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