O policial militar que foi morto durante uma tentativa de assalto em frente a uma escola no Aricanduva, Zona Leste de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5), havia se formado sargento recentemente. Carlos Roberto trabalhou por mais de 20 anos na PM, em Bragança Paulista, no interior do estado, e tinha se mudado para capital há cerca de um ano, justamente para subir de patente.
Ativo no Facebook, ele comemorou quando, em julho do ano passado, deu início aos estudos na Escola Superior de Sargentos. “Amanhã começa mais uma etapa e mais um ciclo da minha vida (...) Quero agradecer aos meus amigos de farda e à população bragantina por me receber de braços abertos nesses 21 anos que eu estive aqui em Bragança, onde pude fazer muitos amigos e construir a minha família”, postou.
Carlos também costumava usar a rede social para falar sobre a paixão que tinha pelo trabalho. "Tenho orgulho de servir meu Estado e dedicar minha vida a ele! Vibro em silêncio ao ver que a maioria inconteste da população vê na PM bastão inexorável de seus mais caros valores", publicou em uma corrente de policiais. "Amo a minha profissão, pois ela é muito mais que isso, ela é missão de grandeza", concluiu.
Policial postou que realizava "um sonho" ao começar curso de sargento em SP (Foto: Reprodução/Facebook)
Após concluir o curso de sargento, que tem quase um ano de duração, Carlos começou a trabalhar na 1ª Companhia do 19º Batalhão, na região da Vila Rica, também na Zona Leste da cidade. Ele ainda estava conhecendo muitos dos colegas quando foi morto, por volta das 5h20 desta quarta-feira, em uma tentativa de assalto. O assassinato ocorreu na Rua Rêgo Barros, em frente à Escola Estadual Nagib Izar.
O sargento estava em uma moto, a caminho do trabalho, quando foi abordado por dois criminosos que se aproximaram em outra motocicleta e anunciaram o assalto. A polícia ainda apura se o PM tentou reagir ou se os assaltantes descobriram que a vítima se tratava de um policial. Fato é que, armados, os bandidos dispararam cinco vezes contra ele e fugiram sem levar nenhum pertence.
Apesar dos múltiplos ferimentos, Carlos ainda foi socorrido com vida por uma equipe da PM e levado ao pronto-socorro do Hospital Municipal Doutor Benedicto Montenegro, no Jardim Iva, mas não resistiu. Ele deixa esposa e duas filhas menores. O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), no 41º DP. Investigadores vão buscar imagens de câmeras de segurança na tentativa de identificar os criminosos.
*Por Will Soares, G1 SP, São Paulo
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