Vestígios de DNA foram encontrados dentro de um par de luvas e no carro usado no crime (Foto: Divulgação/ Itep)
O suor encontrado dentro de um par de luvas foi usado pelos peritos da Força Nacional que atuam no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte para realizar exames de DNA. Com o material, eles comprovaram a participação de um dos suspeitos na morte do policial militar Ivan Márcio, no dia 26 de dezembro de 2016. A vítima foi baleada durante um assalto.
Com o resultado das provas periciais, os suspeitos foram presos no dia 6 de junho pela Polícia Civil. “O inquérito foi muito recheado de provas técnicas. São provas irrefutáveis, e não há como o criminoso negar participação”, argumentou a delegada Danielle Filgueira, titular da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR).
O trabalho da perícia foi realizado em três frentes: na realização de exames de microcomparação balística, que identificou a arma de onde o bala que vitimou o cabo foi disparado; na realização de confrontos papiloscópicos, que resultou na identificação de um dos suspeitos através da impressão digital; e do exame de DNA, que confirmou a participação do segundo suspeito através de vestígios genéticos. Os vestígios de DNA foram adquiridos do suor no par de luvar deixado dentro do carro usado no crime. Também foi encontrado material genético no freio de mão e no volante do veículo.
“A prova pericial é essencial para elucidação de inquéritos. Neste caso foi fundamental para provar a participação dos acusados e com isso determinar as prisões”, afirma Brandão, comentou o diretor-geral do ITEP, Marcos Brandão.
Cabo Ivan Márcio chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos (Foto: Divulgação/PM)
O caso
O cabo da Polícia Militar Ivan Márcio da Costa Xavier, de 39 anos, foi morto na segunda-feira (26) durante um assalto a um malote em uma agência do Banco do Brasil no bairro da Cohabinal, em Parnamirim, na Grande Natal. Ivan tinha 12 anos de corporação, era casado e tinha uma filha de dois anos de idade.
A reportagem apurou que o cabo havia ido ao banco sacar dinheiro. No mesmo instante, também chegou um motoqueiro carregando um malote de dinheiro. Foi quando, ainda no estacionamento da agência, dois assaltantes saíram de um carro tipo HB20 de cor branca, se aproximaram, atiraram no policial, renderam o motoqueiro e roubaram o malote.
"Acreditamos que os assaltantes pensaram que o PM estava fazendo a escolta do malote, o que não aconteceu", afirmou o sargento Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM.
Baleado no peito, Ivan ainda chegou a ser socorrido ao Hospital Deoclécio Marques, mas não resistiu ao ferimento.
A mãe do policial, Edileuza Costa, falou à reportagem sobre a perda do filho mais velho. “Ele era tudo na minha vida, moço, tudo. Era um filho tão bondoso, tão bom, meu Deus, e de repente ir assim”, disse ela, aos prantos.
*G1 RN
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