domingo, 2 de julho de 2017

Polícia faz reconstituição de morte de dois delegados da PF em Florianópolis/SC

Reconstituição ocorre neste domingo (2) em Florianópolis (Foto: Gabriela Wolff/RBS TV)

Começou por volta das 9h deste domingo (2) a reconstituição da troca de tiros em uma casa de prostituição em Florianópolis que resultou na morte de dois delegados da Polícia Federal em 31 de maio.

Participam da reconstituição Nilton César de Souza Júnior, suspeito de trocar tiros com os delegados, e testemunhas que não querem ser identificadas, conforme a RBS TV.

Também estão no local, o delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios, o promotor Luis Fernando Pacheco e o Instituto Geral de Perícias (IGP).

Segundo o delegado, a reconstituição foi um pedido feito pelo Ministério Público para esclarer alguns detalhes que não estavam claros do que pode ter acontecido naquela madrugada. O resultado deve ser entregue ao MP pelo IGP.

Nilton saiu do local por volta das 10h30 e não falou com a imprensa.

Vítimas

Adriano Antonio Soares, de 47 anos, e Elias Escobar, de 60, eram delegados da PF no Rio de Janeiro. Escobar era chefe da PF em Niterói e foi atingido por tiros na cabeça e no peito. Ele morreu no local. Já Soares chegou a ir para o hospital, mas morreu em seguida. Ele era chefe da PF em Angra dos Reis.

Suspeito

Justiça de Santa Catarina concedeu a Nilton César de Souza Júnior o direito de responder ao processo em liberdade. Segundo o advogado de defesa dele, Marcos Paulo Silva dos Santos, ele foi solto na noite de 23 de junho.

Dono de um trailer de cachorro-quente, Nilton também foi baleado e ficou internado até o dia 21 de junho no hospital. No mesmo dia, ele deu sua versão sobre o crime à polícia.

Versão do crime

O G1 teve acesso à íntegra do depoimento de Nilton à polícia. Pela versão dele, um dos delegados teria atirado primeiro e ele, já baleado na perna, atirou de volta.

Nilton afirma ter feito de quatro a cinco disparos, de dentro do local e durante a fuga, do lado de fora do imóvel. O homem ainda afirmou que só soube que os dois eram delegados quando já estava no hospital.

Conforme o delegado, o suspeito confirmou as versões de depoimentos de outras pessoas ouvidas.

Um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que os dois delegados tinham elevado nível de álcool no sangue.
Delegados do RJ foram mortos em Florianópolis (Foto: Reprodução/RBS TV)
Nilton afirma que estava com a arma na noite do crime porque pretendia ir a um estande de tiro (Foto: Reprodução/RBS TV)

*G1 SC

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