Imagens mostram menino de 4 anos agredido pelo padrasto em Sertãozinho, SP — Foto: Reprodução
Sequência de imagens mostra padrasto agredindo menino de 4 anos em Sertãozinho, SP
A avó paterna do menino agredido com um chute no peito pelo padrasto em Sertãozinho (SP) afirma que, antes de o caso vir à tona, suspeitou da forma como o neto vinha sendo tratado pela mãe e o marido, mas não recorreu às autoridades.
Segundo Isabel Mendes Martins, o menino não era mais levado à sua casa, sempre sob a desculpa de que estava de castigo.
"A gente pedia pra ela [mãe] pra gente buscar o menino, aí ela falava assim: que ele não podia, que estava de castigo, estava muito arteiro, estava de castigo, então ele não ia pra lugar nenhum", diz.
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Isabel Mendes Martins, avó de menino agredido em Sertãozinho, SP — Foto: Reprodução/EPTV
A Polícia Civil instaurou um inquérito por maus-tratos contra o padrasto, que se apresentou nesta sexta-feira, prestou depoimento e foi liberado. Segundo o delegado Ildon Pimenta de Pádua, ele afirmou que perdeu a cabeça ao saber que o enteado havia sido expulso da escola, informação não confirmada pela Secretaria Municipal de Educação.
O Conselho Tutelar aplicou uma medida protetiva à criança, levada aos cuidados do pai biológico. O irmão dele, um bebê de 6 meses, filho do suspeito, teve a guarda transferida para a avó materna.
'Muito cruel'
A agressão foi registrada na quarta-feira (3) pelas câmeras de segurança de um imóvel no Jardim Jamaica. Um morador testemunhou a cena e denunciou ao Conselho Tutelar.
Nas imagens obtidas pelos conselheiros, o padrasto do menino, Diego de Souza Valente, de 22 anos, e a criança param de moto na Rua Yoshinobu Kobata. A criança desce da garupa, usando capacete e uma mochila, parece conversar com o homem e é agredida com um chute no peito.
O menino cai no chão, levanta atordoado e sobe na moto. Em seguida, os dois vão embora.
"Não dá nem pra falar mais nada, porque foi cruel, muito cruel mesmo", afirma Isabel.
Para a avó, a cena será difícil de ser esquecida. "Isso está me doendo por dentro, porque, se eu soubesse, a gente tinha tomado providências há mais tempo, só que ninguém sabia de nada, então ficou por isso mesmo", afirma.
Investigações
Valente foi identificado após o vídeo ser divulgado nas redes sociais pelo conselheiro tutelar Rodrigo Clemente. Na noite de quinta-feira (5), ele esteve com uma equipe da Guarda Civil Municipal na casa da família, no Jardim Santa Rosa, mas o suspeito já havia fugido. A mulher dele, mãe do menino, negou as agressões. Entretanto, vizinhos confirmaram os maus-tratos.
No início da tarde desta sexta-feira, Valente se apresentou na delegacia. Segundo o delegado, ele disse que foi agredido por um grupo de cinco homens após ser reconhecido nas imagens. Um outro vídeo mostra o homem sendo espancado.
À polícia, o homem afirmou que perdeu a cabeça ao buscar o enteado na creche, porque foi comunicado que o menino havia sido expulso por causa do comportamento agressivo. Valente também disse que, ao chegar em casa, a criança apanhou da mãe.
O delegado afirmou que apesar do vídeo deixar clara a agressão, Valente não será preso e que o caso demanda uma investigação mais prolongada.
*Por EPTV 2
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