Existiu uma época, via de regra, quanto mais fosse a pessoa truculenta na sua vida privada, mais se credenciava para ocupar um cargo de delegado de polícia, mormente nas cidades de pequeno porte, isto indicado pelo chefe político do lugar, quase sempre um político de influência no governo ou algum “coronel” , não menos influente, aliado também a tudo isto, a falta de pessoal qualificado para assumir tais funções.
Ressalte-se que o mais incrível daquela prática era o despreparo do indicado, deles muitas vezes analfabeto de pai e mãe, sem nenhum conhecimento técnico da nova e desconhecida função que ia ocupar.
Mas isto não era problema. O que importava era dá conta do recado e atender os pleitos do padrinho. Assim, entre centenas e talvez milhares de casos pitorescos, iremos começar, há muitos aos atrás, pelo então Delegado de Polícia de Cabedelo, em João Pessoa,PB, onde ficava o cais do porto da cidade e lá as ocorrências eram freqüentes, inclusive partindo das tripulações dos navios ancorados no porto.
O Delegado era um brutamontes, famoso pela sua ignorância em todos os aspectos. Como era de se esperar, mais uma ocorrência, desta feita partindo de um tripulante de um navio da Noruega, um norueguês corpulento, alcoolizado que havia batido em uma mulher que fazia ponto naquele local. Levado a presença do Delegado, este não se fez de rogado e começou a interrogá-lo.
Registre-se que o norueguês não falava sequer uma palavra em português. Totalmente alheio a esta circunstância, o Delegado deu início ao interrogatório, com o escrivão a ponto, indagando do estrangeiro, em português, claro, qual idioma que ele falava, começando inicialmente se ele falava português, assim se expressando:
Fala português?
Nada respondendo o estrangeiro, prosseguiu no interrogatório.
Fala inglês? Fala francês? Fala russo? Fala espanhol? O estrangeiro continuou sem nada entender.
O delegado achando que já tinha esgotado todos os meios do seu interrogatório, já impaciente virou-se para o escrivão e sentenciou: “ Bote aí. INTERROGADO EM TODOS OS IDIOMAS NADA RESPONDEU.”
Sem ter mais o que fazer, fechando o interrogatório com chave de ouro disse para o estrangeiro:”VÁ EMBORA E NAO VOLTE MAIS AQUI”
O estrangeiro sem nada entender continuou sentado, quando o Delegado poliglota voltou a carga: “ EU JÁ DISSE QUE VOCÊ FOSSE EMBORA E NÃO VOLTASSE MAIS AQUI.”
O escrivão mais entendido vendo aquela situação, levantou-se, pegou o estrangeiro pelo braço e o levou para fora da Delegacia, mandando-o ir embora.
*Dr. Gilberto Lobo(Advogado).
Ressalte-se que o mais incrível daquela prática era o despreparo do indicado, deles muitas vezes analfabeto de pai e mãe, sem nenhum conhecimento técnico da nova e desconhecida função que ia ocupar.
Mas isto não era problema. O que importava era dá conta do recado e atender os pleitos do padrinho. Assim, entre centenas e talvez milhares de casos pitorescos, iremos começar, há muitos aos atrás, pelo então Delegado de Polícia de Cabedelo, em João Pessoa,PB, onde ficava o cais do porto da cidade e lá as ocorrências eram freqüentes, inclusive partindo das tripulações dos navios ancorados no porto.
O Delegado era um brutamontes, famoso pela sua ignorância em todos os aspectos. Como era de se esperar, mais uma ocorrência, desta feita partindo de um tripulante de um navio da Noruega, um norueguês corpulento, alcoolizado que havia batido em uma mulher que fazia ponto naquele local. Levado a presença do Delegado, este não se fez de rogado e começou a interrogá-lo.
Registre-se que o norueguês não falava sequer uma palavra em português. Totalmente alheio a esta circunstância, o Delegado deu início ao interrogatório, com o escrivão a ponto, indagando do estrangeiro, em português, claro, qual idioma que ele falava, começando inicialmente se ele falava português, assim se expressando:
Fala português?
Nada respondendo o estrangeiro, prosseguiu no interrogatório.
Fala inglês? Fala francês? Fala russo? Fala espanhol? O estrangeiro continuou sem nada entender.
O delegado achando que já tinha esgotado todos os meios do seu interrogatório, já impaciente virou-se para o escrivão e sentenciou: “ Bote aí. INTERROGADO EM TODOS OS IDIOMAS NADA RESPONDEU.”
Sem ter mais o que fazer, fechando o interrogatório com chave de ouro disse para o estrangeiro:”VÁ EMBORA E NAO VOLTE MAIS AQUI”
O estrangeiro sem nada entender continuou sentado, quando o Delegado poliglota voltou a carga: “ EU JÁ DISSE QUE VOCÊ FOSSE EMBORA E NÃO VOLTASSE MAIS AQUI.”
O escrivão mais entendido vendo aquela situação, levantou-se, pegou o estrangeiro pelo braço e o levou para fora da Delegacia, mandando-o ir embora.
*Dr. Gilberto Lobo(Advogado).
Gostei bastante, realmente como faz falta quando tínhamos outro site onde você escrevia outros artigos dessa natureza. Fecha-se uma porta, abre-se uma janela.
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