Alunos de uma escola municipal de Rio Verde, região sudoeste de Goiás, estão tendo aulas improvisadas em uma casa há três meses. Cerca de 40, dos 80 alunos da unidade estudam na garagem da residência, que tem oito cômodos.De acordo com Secretaria de Educação, as aulas foram transferidas para o imóvel pois o prédio da escola está em obras.
A previsão é que a reforma da Escola Municipal Domingos Moni termine em agosto deste ano. O gestor administrativo da Secretaria de Educação Leonardo Lopes disse que a estrutura da escola estava comprometida e que o Corpo de Bombeiros solicitou a reforma com emergência, pois como serviço era grande só o período de férias escolares não seria suficiente pra resolver os problemas.
Uma lona foi colocada no portão para tenta proteger os alunos do vento e dar privacidade às aulas, mas de acordo com uma das estudantes, o clima no local ainda é muito ruim. “Quando tá calor a gente fica quase fritando lá dentro e quando tá frio venta muito, a gente quase congela e é muito ruim”, relata a estudante.
Conforme relatam os alunos, o banheiro tem que ser dividido entre eles e a cozinha fica próxima aos quartos, usados como salas de aulas. A Michele Silva estuda em um dos quarto e reclama do aperto. “Lá é apertado pra gente, mas dá pra estudar. Colocaram cadeiras, quadro, mas ainda é igual um quarto”, diz.
A estudante Maria Eduarda Rodrigues quebrou a perna e está usando cadeiras de rodas. Ela conta que só consegue entrar e sair da escola com a ajuda da mãe. “Tem que andar de muleta lá dentro porque a cadeira não cabe nos lugares”, explica a jovem.
Segundo o pai de uma das estudantes, a situação está preocupante. “A situação deles estudarem aqui está bem precária, preucupa bastante, e influencia no decorrer do ano deles”, desabafa.
A zeladora da escola, Maria de Lourdes Rodrigues, acredita que tantos alunos aglomerados dentro dos pequenos cômodos da casa podem estar sujeitos a transmissão de doenças, como a gripe H1N1.
O gestor administrativo afirma que tentou levar os alunos para um prédio maior enquanto a escola está sendo reformada, mas os pais não aceitaram a proposta. “Nós fizemos uma reunião com os pais e propomos que nós já havíamos visto um local no centro da cidade para levar esses alunos, mas a própria comunidade achou melhor que ficasse próximo da unidade escolar”, conta Leonardo.
*Do G1 GO
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