Ultrassom feito em uma unidade da rede pública de saúde comprovou a gravidez da garota de 13 anos que foi estuprada pelo padrasto, no Recife (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
Um pintor de paredes de 57 anos foi preso pela Polícia Civil de Pernambuco acusado de estuprar e engravidar a enteada, de 13 anos. De acordo com a polícia, a garota, que está no sexto mês de gestação, era abusada pelo padrasto desde quando tinha 12 anos. Um exame de ultrassom feito em uma unidade da rede pública de saúde comprovou a gravidez.
A prisão ocorreu na segunda-feira (27), em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, mas foi divulgada apenas na manhã desta quarta-feira (29). A ação, coordenada pelo delegado Darlson Freire, teve como objetivo cumprir um mandado expedido pela 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Segundo o policial, o histórico de violência sexual é grande. “A menina não sabe quantas vezes foi abusada. Ele usava a força física e começou tudo com atos libidinosos”, declarou o policial.
A polícia apontou que os estupros ocorriam na casa da garota. O padrasto, conforme as investigações, costumava ameaçar a enteada. Ele afirmava que, se ela contasse alguma coisa para alguém, mataria os parentes e até a companheira dele e mãe da vítima. “A menina tinha muito medo”, disse o delegado.
Delegado Darlson Freire afirmou que padrasto usava força física para estuprara a enteada, que ficou grávida, no Recife (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
De acordo com Freire, a garota contou que os abusos ocorriam quando a mãe saía de casa para trabalhar. Na residência, moravam o casal e a vítima. “Quando começamos a investigar o caso, a menina dizia que tinha sido abusada por um adolescente. Em seguida, narrou tudo, com todos os detalhes”, detalhou o delegado.
A família da criança optou por não tirar o bebê, apesar do previsto em lei, apontou o delegado. “Em caso de estupro, seria possível fazer o aborto. É uma gravidez de risco. Ela muito franzina e engravidou aos 12 anos”, afirmou Freire.
O pintor de paredes foi autuado por estupro de menor de 14 anos. Caso seja condenado, poderá pegar pena de até 15 anos de prisão. A polícia informou que vai submeter o feto ao exame de DNA para confirmar que o padrasto é o pai do bebê. “Vamos esperar o nascimento e pegaremos o material do cordão umbilical”, comentou Freire.
Para o delegado, a falta do exame não prejudica as investigações. “Quando dissemos ao padrasto que faríamos o exame, ele abaixou a cabeça, como se admitisse o crime. Ele mesmo contou que tem vários filhos, em vários locais e, por isso, nós vamos averiguar”, acrescentou o delegado.
*G1 PE
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