sábado, 28 de julho de 2018

Entenda o desaparecimento do menino Guilherme e como ossada foi achada na PB

Menino Guilherme Marinho, de 7 anos, desapareceu em João Pessoa
 (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)

No dia 10 de fevereiro o menino Guilherme, de sete anos, desapareceu enquanto brincava na frente de casa, na comunidade Taipa, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa. O caso foi registrado na Polícia Civil, mas poucas informações foram encontradas durante os cinco meses de investigação. No dia 15 de junho, uma ossada encontrada em uma mata do bairro de Gramame levantou a suspeita de que poderia ser de Guilherme. Nesta quinta-feira (26), o Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou a identificação. Entenda o caso:

Quando Guilherme desapareceu?

Guilherme, de sete anos, desapareceu enquanto brincava na frente de casa, na comunidade Taipa, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, no dia 10 de fevereiro de 2018. A informação foi divulgada pela família no dia 13, mas o desaparecimento aconteceu no início da tarde do dia 10.

Como aconteceu o desaparecimento de Guilherme?

A criança saiu para brincar com um vizinho, no final da manhã, mas não voltou para almoçar. “Eu arrumei a casa toda e depois pedi para meu filho chamar o irmão para comer, que o almoço estava pronto, daí uma menina falou que ele saiu de onde estava brincando. Eu entrei em desespero para procurar ele, porque ele nunca tinha saído daqui”, disse Valdenice Marinho, mãe da criança.

No dia do desaparecimento, o menino estava vestindo apenas uma cueca cor de laranja. Ao perceber o desaparecimento, familiares e vizinhos procuraram Guilherme na comunidade, inclusive em uma área de matagal próximo ao bairro, mas ele não foi encontrado.
Menino Guilherme, de 7 anos, desapareceu em João Pessoa (Foto: Valdenice Marinho/Arquivo Pessoal)

Um mês após o desaparecimento

Após um mês do desaparecimento, o paradeiro do menino Guilherme continuou desconhecido pela família. “Ou vivo ou morto eu queria encontrar, o que não pode é a gente ficar com essa dor. Chega noite, chega dia e nada de notícia”, disse Valdenice Marinho, mãe da criança.

Durante os primeiros dias após o desaparecimento, buscas foram realizadas em uma mata situada próxima à comunidade Taipa, onde a família mora, por equipes da polícia, do Corpo de Bombeiros, familiares e vizinhos, no entanto, não houve sucesso.

Já no início deste mês, a polícia foi informada de que a criança teria sido vista acompanhada de um homem desconhecido, mas não houve novidades.
Caso Guilherme: menino continua desaparecido

'Fake news' durante investigação do desaparecimento

Quando completou três meses do desaparecimento de Guilherme, no dia 10 de maio, o delegado Reinaldo Nóbrega, responsável pelo caso, disse que denúncias falsas recebidas pela polícia estavam atrapalhando as investigações.

O inquérito policial sobre o caso foi remetido ao judiciário, com pedido de prorrogação da investigação. "É um caso complexo, é angustiante, a gente sabe que a família sofre muito", informou Reinaldo Nóbrega.

Nesse período, nenhuma via de investigação foi descartada, no entanto, as poucas informações que chegavam, eram inverídicas. A Polícia Civil chegar a receber uma notícia de que a criança estava morta e enterrada. Foi investigado e descartado.

As falsas notícias, segundo Reinaldo Nóbrega, demandam tempo e deslocamento, como qualquer outra suspeita, e, por isso, deveriam ser evitadas.
Local onde a ossada foi encontrada, no bairro de Gramame, em João Pessoa (Foto: Danilo Alves/TV Cabo Branco)

Ossada encontrada

No dia 15 de junho, uma ossada foi encontrada em uma área de mata, no bairro de Gramame, em João Pessoa.

Os ossos foram encontrados a cerca de dez metros da parte de fora da mata para o seu interior.

A ossada foi encontrada por um morador, que ligou para a polícia para informar do acontecido.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram encontrados um crânio e alguns ossos.
Inicialmente, não foi possível confirmar se tratava-se de uma ossada humana. Uma perícia foi realizada no material.

A delegacia de homicídio, o Instituto de Polícia Científica (IPC) e o Corpo de Bombeiros estiveram no local.

Cinco meses do desaparecimento de Guilherme

Cinco meses após o desaparecimento de Guilherme, o IPC informou que o laudo sobre a identificação da ossada não havia sido concluído.

De acordo com o chefe do setor de DNA do IPC, Sérgio Lucena, o órgão recebeu a amostra de um osso, do material encontrado. No entanto, o material ósseo demanda mais tempo para liberação do laudo.

Segundo Sérgio, a falta de reagente para fazer a calcificação foi a causa da demora. Ele também explicou na época que não havia precisão para que o laudo fosse concluído.

Ossada é identificada

Na quinta-feira (26), o IPC confirmou que a ossada encontrada em Gramame era, de fato, do menino Guilherme, de sete anos.

Cristiane Helena, chefe de Medicina Legal do IPC, exames confirmaram que os ossos encontrados eram do menino.

O IPC sabia que a ossada era de uma criança, mas não poderia estimar o sexo.

Com a identidade da ossa, o IPC agora trabalha para descobrir a causa da morte, por meio do laudo antropológico.

A constatação da identidade aconteceu depois que a mãe de Guilherme cedeu amostras de DNA para os exames necessários.

“Ainda tinha esperanças de encontrar ele vivo, mas infelizmente uma notícia dessas abala a família, a comunidade. É uma angústia, uma dor, um desespero. Eu quero justiça com quem fez isso com meu filho”, disse a mãe de Guilherme.

Investigação sobre desaparecimento

Uma das linhas de investigação sobre o desaparecimento é que o menino Guilherme pode ter sido levado por conhecidos, de acordo com o superintendente da Polícia Civil na Paraíba, delegado Marcos Paulo. O delegado afirmou que, desde o início, a Polícia Civil trabalha com muitas linhas de investigação, tendo em vista o histórico do pai da criança e as circunstâncias do desaparecimento.

O superintendente ainda afirmou que a Polícia Civil já trata o caso como crime de homicídio, após relatos dos peritos, que informaram que foi observado um trauma na região da cabeça do menino.

Liberação da ossada

De acordo com a chefe de Medicina Legal do Instituto de Polícia Científica da Paraíba, Cristiane Helena, a ossada do garoto foi liberada para a família. Conforme informado por parentes, o velório aconteceu nesta sexta-feira (27), na Comunidade do Taipa, em João Pessoa, onde ele morava. Já o enterro ocorreu neste sábado (28), no município de Itabaiana, no Agreste paraibano.

* G1 PB

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