Vigilante que abusava das filhas foi preso nesta semana em Cariacica
Foto: Divulgação/PC-ES
Um vigilante foi preso pela segunda vez em Cariacica, nesta terça-feira (18), pelo mesmo crime: estuprar as filhas. Os casos aconteceram durante oito anos, e mesmo sendo descobertos pela mãe das meninas, o homem ficou detido por apenas três meses da primeira vez que o crime foi denunciado. Os abusos aconteciam em meio a ameaças com uma arma de fogo.
Da primeira vez que o homem foi preso, a mãe das meninas sabia de apenas um caso. A filha, que hoje tem 17 anos, começou a ser abusada pelo pai em 2012, aos 11 anos de idade. O caso foi denunciado, mas a prisão só durou de maio a agosto de 2018.
A mãe das meninas se separou do vigilante, mas depois que ele foi solto, exigiu que as filhas o visitassem, alegando que era um direito de pai.
"As nossas leis são absolutamente ineficazes hoje e não garantem a segurança do cidadão, não dão a resposta que a sociedade espera", falou o delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), responsável pela prisão.
Os abusos voltaram a acontecer e a mãe acabou descobrindo que a filha mais nova, que hoje tem 14 anos, também era abusada pelo pai e há mais tempo que a mais velha. Os estupros começaram quando ela tinha apenas seis anos de idade.
"A mãe notou alterações no comportamento dessa filha. Ela abandonou a escola, passou a ter alucinações constantes, chorava bastante à noite, falava nomes durante a madrugada e também passou a realizar a automutilação, ou seja, ela se cortava como uma forma de amenizar a dor psíquica que ela vinha passando ao longo dos abusos sexuais", relatou o delegado.
A prisão desta terça-feira aconteceu em Campo Grande, Cariacica, no local de trabalho do vigilante.
Demora na denúncia
As meninas relataram à polícia que demoraram a fazer a denúncia porque eram ameaçadas. Elas tinha medo porque o pai já tinha um histórico de agressões contra a mãe e, além disso, ele amedrontava as filhas usando uma arma.
O vigilante não tinha autorização para posse de arma e já chegou a ser preso três vezes por porte ilegal.
"Ele já responde por três crimes de porte ilegal de arma de fogo, responde também por um estupro de vulnerável por estupro da própria filha e, a partir de agora, vai responder por mais esse estupro da segunda filha. Cada pena de estupro vai de 8 a 15 anos, então nós temos a certeza de que essa condenação virá e que na hora que essa pena for unificada, ele ficará um longo tempo preso, garantindo a segurança da sociedade e da própria família", falou o delegado.
O detido foi indiciado por estupro de vulnerável e encaminhado a Penitenciária Estadual de Vila Velha V (PEVV V).
*G1 ES
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