A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (20), apontou que, em 2008, metade do lixo produzido no Brasil foi despejada em "lixões" impróprios para receber resíduos sólidos.
Segundo o levantamento, 50,8% dos resíduos sólidos produzidos pelo país eram conduzidos a vazadouros a céu aberto, que, diferente dos aterros sanitários, não possuem condições mínimas para receber lixo.
No último dia 2, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que, entre outras medidas, determina que Estados e municípios acabem com os lixões. Com a nova lei, que ainda precisa ser regulamentada, os resíduos que não podem ser reciclados deverão ser levados a aterros sanitários.
Os dados da pesquisa foram coletados ao longo de 2008 e referem-se aos 12 meses anteriores à data de cada entrevista. Foram ouvidas pelo IBGE prefeituras, companhias estaduais e municipais de saneamento básico, fundações, consórcios intermunicipais, empresas privadas da saneamento e associações comunitárias.
Diferente dos vazadouros, os aterros dispõem de cuidados sanitários fundamentais, tais como solo impermeabilizado, coleta de gás, tratamento de chorume (líquido que sai do lixo) e equipamentos para compactar e aterrar os rejeitos (tipo de lixo que demora para se decompor e que não pode ser reciclado, como fraldas, por exemplo).
Embora em 2008 mais da metade do lixo produzido tenha tido como destino os lixões, houve redução substancial na quantidade de resíduos despejados em vazadores nas últimas décadas, já que em 1989 apenas 10,7% do lixo era levado para aterros.
Segundo o IBGE, as regiões Nordeste e Norte tiveram o pior desempenho em 2008 com, respectivamente, 89,3% e 85,5% do lixo despejado em lixões, contra 15,8% do Sul e 18,7% do Sudeste. No Piauí, 97,8% do lixo era levado para um destino inadequado. Maranhão (com 96,3%) e Alagoas (96,1%) também tiveram um mau desempenho.
São Paulo ocupava o topo do ranking, com apenas 7,6% do lixo despejado em vazadouros. No vizinho Rio de Janeiro, por sua vez, um terço dos resíduos eram encaminhados a lixões.
O engenheiro químico Valdir Schalch, coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Resíduos Sólidos da USP (Universidade de São Paulo), afirma que é difícil fazer uma estimativa de quando todos os lixões do país deixarão de existir, caso a nova lei seja cumprida. "É praticamente impossível falar em quanto tempo isso irá ocorrer, mas eu espero que dentro de dez anos não haja mais lixão algum. É preciso fiscalizar [o cumprimento da lei], normatizar e estabelecer diretrizes para que a legislação funcione."
Segundo o engenheiro, os resíduos residenciais são compostos, em média, por 40% de lixo reciclável (plástico, papel, vidro, papelão, alumínio, entre outros) e 60% de materiais degradáveis. Deste total, cerca de 20% --que pode estar entre os materiais degradáveis ou recicláveis-- são rejeitos. "Os aterros são só para resíduos domiciliares orgânicos, que possam ser enterrados e a matéria virar adubo. Plástico, papel, papelão não devem ser enterrados", afirma o pesquisador.
Fonte: UOL
Segundo o levantamento, 50,8% dos resíduos sólidos produzidos pelo país eram conduzidos a vazadouros a céu aberto, que, diferente dos aterros sanitários, não possuem condições mínimas para receber lixo.
No último dia 2, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que, entre outras medidas, determina que Estados e municípios acabem com os lixões. Com a nova lei, que ainda precisa ser regulamentada, os resíduos que não podem ser reciclados deverão ser levados a aterros sanitários.
Os dados da pesquisa foram coletados ao longo de 2008 e referem-se aos 12 meses anteriores à data de cada entrevista. Foram ouvidas pelo IBGE prefeituras, companhias estaduais e municipais de saneamento básico, fundações, consórcios intermunicipais, empresas privadas da saneamento e associações comunitárias.
Diferente dos vazadouros, os aterros dispõem de cuidados sanitários fundamentais, tais como solo impermeabilizado, coleta de gás, tratamento de chorume (líquido que sai do lixo) e equipamentos para compactar e aterrar os rejeitos (tipo de lixo que demora para se decompor e que não pode ser reciclado, como fraldas, por exemplo).
Embora em 2008 mais da metade do lixo produzido tenha tido como destino os lixões, houve redução substancial na quantidade de resíduos despejados em vazadores nas últimas décadas, já que em 1989 apenas 10,7% do lixo era levado para aterros.
Segundo o IBGE, as regiões Nordeste e Norte tiveram o pior desempenho em 2008 com, respectivamente, 89,3% e 85,5% do lixo despejado em lixões, contra 15,8% do Sul e 18,7% do Sudeste. No Piauí, 97,8% do lixo era levado para um destino inadequado. Maranhão (com 96,3%) e Alagoas (96,1%) também tiveram um mau desempenho.
São Paulo ocupava o topo do ranking, com apenas 7,6% do lixo despejado em vazadouros. No vizinho Rio de Janeiro, por sua vez, um terço dos resíduos eram encaminhados a lixões.
O engenheiro químico Valdir Schalch, coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Resíduos Sólidos da USP (Universidade de São Paulo), afirma que é difícil fazer uma estimativa de quando todos os lixões do país deixarão de existir, caso a nova lei seja cumprida. "É praticamente impossível falar em quanto tempo isso irá ocorrer, mas eu espero que dentro de dez anos não haja mais lixão algum. É preciso fiscalizar [o cumprimento da lei], normatizar e estabelecer diretrizes para que a legislação funcione."
Segundo o engenheiro, os resíduos residenciais são compostos, em média, por 40% de lixo reciclável (plástico, papel, vidro, papelão, alumínio, entre outros) e 60% de materiais degradáveis. Deste total, cerca de 20% --que pode estar entre os materiais degradáveis ou recicláveis-- são rejeitos. "Os aterros são só para resíduos domiciliares orgânicos, que possam ser enterrados e a matéria virar adubo. Plástico, papel, papelão não devem ser enterrados", afirma o pesquisador.
Fonte: UOL
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