Todos os dias destroem um pouco do nosso município, matam, desmatam e queimam as nossas poucas áreas de mata nativa. Os criminosos parecem não temer a legislação, as autoridades e os apelos dos ambientalistas que pregam que “ou paramos e repensamos a nossa conduta ou estamos fadados a viver menos neste planeta que nos acolheu tão bem”.
Também quando se trata da destruição do meio ambiente nessa nossa região e município de Luís Gomes/RN, principalmente, dá impressão de que tudo é permitido. Não conheço projetos sérios trabalhados nas nossas salas de aula para educar as nossas crianças sobre a importância de aprendermos a preservar, apesar da Lei Orgânica dizer que é dever também do nosso município, “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.
Vejo sim crianças “matando” aulas para caçar. Da nossa Universidade Aberta do Brasil, Pólo de Luís Gomes/RN, através do seu curso de Gestão Ambiental, não conheço dela nem uma ação concreta de extensão. O curso está acabando e estamos perdendo uma grande oportunidade de provocar, educar a sociedade luisgomense. Dificilmente se ver os órgãos de proteção, a exemplo do IBAMA, fiscalizando por cá. O Ministério Público a quem também cabe se preocupar com a questão ambiental, geralmente só age quando alguém denuncia, o que quase nunca acontece em Luís Gomes.
A nossa fauna e flora tem sido abatida violentamente e quase ninguém parece se preocupar com isso. Inúmeros pássaros não são vistos mais livres. Acabaram os golinhas, os torra-cafés, os pintassilgos, os canários, os craúnas, bicos de osso, sofreu, sabiás, vianas, papagaios e muitos outros. Galos de campina e até azulões já começam a rarear. Nem os cibitos e chupinhas, que antes eram descartados pela abundância dos canoros, agoram escapam. As aves maiores, jacus e seriemas, a maioria de nós não chegou a conhecê-las.
É comum ver nas vias públicas, principalmente no Centro da cidade e próximo ao Açougue Público (esse parece não reabrir mais), adultos e crianças com gaiolas cheias de aves pegas aqui e noutras regiões próximas. Na casa das famílias, de pobres e ricos, educadores e políticos luisgomenses (vereadores e ex-prefeito), pássaros e mais pássaros aprisionados. Caçadores, políticos inclusive, formam “grupos”, alugam carros e saem com armas e cachorros a matar por aí. Outros passam em frente e ao lado da Delegacia de Polícia armados e nunca ouvi dizer que alguém foi notificado ou preso por isso. Animais mamíferos e répteis, os que ainda restam, veados, tatus, pebas, tamanduás, jibóias, jacarés e alguns outros são mortos e nada acontece com os criminosos. Macacos e sagüis, os poucos que ainda restam, são aprisionados. Abatem gatos do mato e rapoza pelo simples prazer de matar. A nossa onça desapareceu.
Agora mesmo, às 9h30m, desta manhã de 18 de agosto, aqui no sítio Boqueirão, vejo da janela da casa onde passo os dias que me restam, uma máquina tipo catrepilha, derrubar violentamente uma matinha de coqueiros catolés, aroeiras e outras plantas nativas, de propriedade do senhor João de Anja, que fica dentro e na margem de um riacho e que abrigava, não faz tempo, vários sonhins. É a segunda vez que a vejo no local. Outros trabalhadores auxiliam a derrubada a base da foice. Eis o que me motivou a escrever.
Se preocupar com meio ambiente em Luís Gomes não dá voto. Talvez seja por isso que os políticos daqui não estejam nem aí para a questão. Conselho Municipal de Meio Ambiente até tem, mas é apenas de brincadeirinha, figurativo, assim como muitos outros em Luís Gomes. E você, o que diz disso? Vai deixar? Não vai fazer nada? Estamos todos no mesmo barco e não há como naufragar sem que todos sejam vítimas. Podemos fazer alguma coisa, podemos sim.
**Luciano Pinheiro de Almeida, professor e vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Também quando se trata da destruição do meio ambiente nessa nossa região e município de Luís Gomes/RN, principalmente, dá impressão de que tudo é permitido. Não conheço projetos sérios trabalhados nas nossas salas de aula para educar as nossas crianças sobre a importância de aprendermos a preservar, apesar da Lei Orgânica dizer que é dever também do nosso município, “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.
Vejo sim crianças “matando” aulas para caçar. Da nossa Universidade Aberta do Brasil, Pólo de Luís Gomes/RN, através do seu curso de Gestão Ambiental, não conheço dela nem uma ação concreta de extensão. O curso está acabando e estamos perdendo uma grande oportunidade de provocar, educar a sociedade luisgomense. Dificilmente se ver os órgãos de proteção, a exemplo do IBAMA, fiscalizando por cá. O Ministério Público a quem também cabe se preocupar com a questão ambiental, geralmente só age quando alguém denuncia, o que quase nunca acontece em Luís Gomes.
A nossa fauna e flora tem sido abatida violentamente e quase ninguém parece se preocupar com isso. Inúmeros pássaros não são vistos mais livres. Acabaram os golinhas, os torra-cafés, os pintassilgos, os canários, os craúnas, bicos de osso, sofreu, sabiás, vianas, papagaios e muitos outros. Galos de campina e até azulões já começam a rarear. Nem os cibitos e chupinhas, que antes eram descartados pela abundância dos canoros, agoram escapam. As aves maiores, jacus e seriemas, a maioria de nós não chegou a conhecê-las.
É comum ver nas vias públicas, principalmente no Centro da cidade e próximo ao Açougue Público (esse parece não reabrir mais), adultos e crianças com gaiolas cheias de aves pegas aqui e noutras regiões próximas. Na casa das famílias, de pobres e ricos, educadores e políticos luisgomenses (vereadores e ex-prefeito), pássaros e mais pássaros aprisionados. Caçadores, políticos inclusive, formam “grupos”, alugam carros e saem com armas e cachorros a matar por aí. Outros passam em frente e ao lado da Delegacia de Polícia armados e nunca ouvi dizer que alguém foi notificado ou preso por isso. Animais mamíferos e répteis, os que ainda restam, veados, tatus, pebas, tamanduás, jibóias, jacarés e alguns outros são mortos e nada acontece com os criminosos. Macacos e sagüis, os poucos que ainda restam, são aprisionados. Abatem gatos do mato e rapoza pelo simples prazer de matar. A nossa onça desapareceu.
Agora mesmo, às 9h30m, desta manhã de 18 de agosto, aqui no sítio Boqueirão, vejo da janela da casa onde passo os dias que me restam, uma máquina tipo catrepilha, derrubar violentamente uma matinha de coqueiros catolés, aroeiras e outras plantas nativas, de propriedade do senhor João de Anja, que fica dentro e na margem de um riacho e que abrigava, não faz tempo, vários sonhins. É a segunda vez que a vejo no local. Outros trabalhadores auxiliam a derrubada a base da foice. Eis o que me motivou a escrever.
Se preocupar com meio ambiente em Luís Gomes não dá voto. Talvez seja por isso que os políticos daqui não estejam nem aí para a questão. Conselho Municipal de Meio Ambiente até tem, mas é apenas de brincadeirinha, figurativo, assim como muitos outros em Luís Gomes. E você, o que diz disso? Vai deixar? Não vai fazer nada? Estamos todos no mesmo barco e não há como naufragar sem que todos sejam vítimas. Podemos fazer alguma coisa, podemos sim.
**Luciano Pinheiro de Almeida, professor e vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
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