Há quem diga que nossa profissão seja uma das mais fáceis: sentamos em um carro, passeamos pelas ruas e, ocasionalmente, prendemos alguém.
Ao ver nos jornais notícias de prisões e apreensões realizadas com êxito por policiais, a população não faz idéia do perigo diário que esse mesmo policial corre ao exercer sua profissão. O fato ocorrido no Rio de Janeiro, onde policiais enfrentaram cerca de 60 homens fortemente armados reflete bem a realidade vivida em ocorrências de maiores proporções, de maiores riscos, por esses agentes de segurança, que muitas vezes são esquecidos ou menosprezados por quem defendem.
Dois policiais militares foram os primeiros a enfrentar o grupo com cerca de 60 traficantes que invadiram o Hotel Intercontinental, no RJ. "Em 14 anos de trabalho na Polícia Militar, nunca vi um confronto como aquele nem bandidos tão fortemente armados. Estavam preparados para uma guerra", afirmou o cabo Luís Cunha, que contava apenas com mais um companheiro na viatura de serviço, que deveria ter, no mínimo, três policiais para garantir a segurança desses agentes ao realizarem abordagens ou ao se envolverem em uma ocorrência mais grave. O cabo Luís Cunha e o soldado Augusto Dias viveram dez minutos de terror no último sábado (21). “Mais meio segundo na viatura, estaríamos mortos”, relembra o soldado.
Os dois PMs patrulhavam a Avenida Aquarela do Brasil, quando cruzaram com o comboio formado por cinco vans, 15 motos e um carro roubado, vindos do Morro do Vidigal pela Avenida Niemeyer. Segundo os policiais, os bandidos pararam no meio da pista e começaram a atirar. “Foi no susto, não estávamos esperando. Não deu nem para pensar. Eles descarregaram as armas em cima da gente. Nos jogamos da viatura, que continuou andando sozinha, e corremos para trás de um poste e uma árvore. Falei para o Augusto manter a calma e fazer o que aprendemos”, lembrou Cunha, que está há três anos no batalhão.
“Os tiros batiam tão perto que lançavam galhos da árvore e lascas do poste sobre nós. Paramos de atirar um momento para economizar munição e fazê-los recuar, para não ferir as pessoas que estavam por perto. Depois, partimos de novo para cima. Foram dez minutos que duraram uma eternidade”, definiu Augusto. Os policiais se refugiaram em uma concessionária que teve seu vidro quebrado pelos tiros disparados pelos bandidos. “Foi coisa de cinema. Jogamos um banquinho lá dentro e entramos para revidar, já abrigados. Os bandidos gritavam ‘bota a cara’ e atiravam. Mas com a chegada de outras viaturas, se espalharam e fugiram para a praia e na direção do hotel”, lembrou Cunha. “Todos perguntaram como nós conseguimos enfrentar 60 homens. Disse que ninguém viu, mas que tinha um monte de asas em volta de nós”, afirmou Augusto, que é católico e reza antes de sair para cada patrulhamento.
Os relatos dos policiais são a realidade dos milhares de policiais espalhados pelo Brasil que enfrentam todos os dias os perigos inerentes a essa profissão tão criticada, mas tão essencial para a garantia maior de todos os cidadãos: o direito à vida.
“Sabemos o risco que corremos, mas temos orgulho de fazer um trabalho que salva vidas, como aconteceu sábado. É uma profissão nobre”, afirmaram os PMs.
Fonte: SD Glaucia
Ao ver nos jornais notícias de prisões e apreensões realizadas com êxito por policiais, a população não faz idéia do perigo diário que esse mesmo policial corre ao exercer sua profissão. O fato ocorrido no Rio de Janeiro, onde policiais enfrentaram cerca de 60 homens fortemente armados reflete bem a realidade vivida em ocorrências de maiores proporções, de maiores riscos, por esses agentes de segurança, que muitas vezes são esquecidos ou menosprezados por quem defendem.
Dois policiais militares foram os primeiros a enfrentar o grupo com cerca de 60 traficantes que invadiram o Hotel Intercontinental, no RJ. "Em 14 anos de trabalho na Polícia Militar, nunca vi um confronto como aquele nem bandidos tão fortemente armados. Estavam preparados para uma guerra", afirmou o cabo Luís Cunha, que contava apenas com mais um companheiro na viatura de serviço, que deveria ter, no mínimo, três policiais para garantir a segurança desses agentes ao realizarem abordagens ou ao se envolverem em uma ocorrência mais grave. O cabo Luís Cunha e o soldado Augusto Dias viveram dez minutos de terror no último sábado (21). “Mais meio segundo na viatura, estaríamos mortos”, relembra o soldado.
Os dois PMs patrulhavam a Avenida Aquarela do Brasil, quando cruzaram com o comboio formado por cinco vans, 15 motos e um carro roubado, vindos do Morro do Vidigal pela Avenida Niemeyer. Segundo os policiais, os bandidos pararam no meio da pista e começaram a atirar. “Foi no susto, não estávamos esperando. Não deu nem para pensar. Eles descarregaram as armas em cima da gente. Nos jogamos da viatura, que continuou andando sozinha, e corremos para trás de um poste e uma árvore. Falei para o Augusto manter a calma e fazer o que aprendemos”, lembrou Cunha, que está há três anos no batalhão.
“Os tiros batiam tão perto que lançavam galhos da árvore e lascas do poste sobre nós. Paramos de atirar um momento para economizar munição e fazê-los recuar, para não ferir as pessoas que estavam por perto. Depois, partimos de novo para cima. Foram dez minutos que duraram uma eternidade”, definiu Augusto. Os policiais se refugiaram em uma concessionária que teve seu vidro quebrado pelos tiros disparados pelos bandidos. “Foi coisa de cinema. Jogamos um banquinho lá dentro e entramos para revidar, já abrigados. Os bandidos gritavam ‘bota a cara’ e atiravam. Mas com a chegada de outras viaturas, se espalharam e fugiram para a praia e na direção do hotel”, lembrou Cunha. “Todos perguntaram como nós conseguimos enfrentar 60 homens. Disse que ninguém viu, mas que tinha um monte de asas em volta de nós”, afirmou Augusto, que é católico e reza antes de sair para cada patrulhamento.
Os relatos dos policiais são a realidade dos milhares de policiais espalhados pelo Brasil que enfrentam todos os dias os perigos inerentes a essa profissão tão criticada, mas tão essencial para a garantia maior de todos os cidadãos: o direito à vida.
“Sabemos o risco que corremos, mas temos orgulho de fazer um trabalho que salva vidas, como aconteceu sábado. É uma profissão nobre”, afirmaram os PMs.
Fonte: SD Glaucia
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