sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REMINISCÊNCIAS POPULARES II.

Alexandria/RN nos idos de 1950 a 1960, viveu uma fase de famosos “ cafés”, nome que se dava as hoje chamadas lanchonetes e na época mereciam destaque o Café de Joana Camaleona, o Café de Antonio Flor, o Café de Antonio Chato, estes todos localizados no Beco do Açougue, hoje Travessa Luis Dias, sem esquecer o Café de Zé Capela, na Ferreira Chaves, o Café de Nanú, na Travessa Agostinho Maniçoba, chamando atenção, com muita curiosidade, principalmente por parte dos meninos, Rita de Nanú, sua filha, deficiente mental, babando constantemente, com o seu babador sempre pendurado no pescoço.

Pois bem, naquela época existia também a Pensão de Alecrides, que se localizava no dito Beco do Açougue. Por sinal, por muitos anos, Alecrides exerceu a profissão de hotelaria nesta cidade. Naquele mesmo Beco do Açougue não podemos olvidar a Bodega de Sebastião Cotó, com suas mercadorias excêntricas. O café de Antonio Flor era quase vizinho ao Café de Joana Camaleona e os dois não se cheiravam bem e vez por outra trocavam palavras e na maioria das vezes, palavras de baixo calão.

O hotel de Alecrides ficava no fogo cruzado, entre os dois. Antonio Flor, na época, quando não se falava em homofobia, e era pouco comum o homossexualismo, já era gay assumido. Não confundir com o cidadão Antonio Manuel da Penha, conhecido por “Antonio Flor”. Joana Camaleona, por sua vez, não ficava atrás, levando uma vida mundana, porém privada e reservada. Como sempre acontecia, surge mais uma discussão entre Antonio Flor e Joana Cameleona. Impropérios de um lado, impropérios do outro, a discussão chama atenção de Alecrides e ela aparece na porta do hotel para observar o que se passava. Nisto, Joana Camaleona quando vê Alecrides, dispara: “Taí comadre Alecrides de prova.” De imediato, interfere Antonio Flor: “Respeite comadre Alecrides, que é uma mulher honrada e não pode se meter em briga de duas putas como nós.” Alecrides, atônita, não disse uma nem duas. Entrou e bateu a porta. Foi a gota d’água. A discussão acabou-se na hora.

Por Dr. Gilberto de Figueiredo Lobo, da Coluna "HISTÓRIAS E FATOS" ,


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