A madrugada seguinte ao domingo de Dia dos Pais, trará um presente para aqueles que gostam de astronomia e não precisem acordar cedo na segunda-feira (12). Trata-se do ápice da chuva de meteoros Perseidas, fenômeno que começou na última quinta-feira (8) e segue até a próxima quarta-feira (14).
Quem quiser acompanhar, deve ficar de olho no céu a partir das 3h30, na direção Norte. Contudo, segundo Marcelo Bruckmann, do Laboratório de Astronomia da Pontifícia Universitária Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), “as latitudes no Hemisfério Sul não nos privilegiam em acompanhar porque, infelizmente, a constelação acaba ficando muito próxima do horizonte”.
Bruckmann recomenda, no entanto, para quem mesmo assim quiser tentar ver a chuva “não usar binóculo, muito menos telescópio, já que o olho humano é o melhor instrumento para ver as estrelas cadentes. Interessante também é usar uma cadeira reclinada quase que horizontalmente. Já que os meteoros cruzam o céu, é melhor não focar no horizonte, e sim olhar para cima”.
Já o Clube de Astronomia de Fortaleza orienta em seu blog que o observador “encontre um local seguro com uma vista do céu aberto e sem luzes brilhantes por perto, como postes de iluminação ou faróis de carro. Os melhores locais são no interior do Estado, em sítios ou fazendas nos arredores dos pequenos municípios. Espere em média cerca 60 meteoros por hora, ou 1 por minuto. Previsões para a Europa e norte da Ásia estimam até 100 meteoros por hora durante o pico em condições perfeitas.”
Porque as chuvas de meteoros Perseidas se repetem anualmente
Os meteoros Perseidas se originam de pequenas partículas de poeira que orbitam o sol em uma região do espaço interplanetário, formando uma nuvem. A Terra atravessa essa região todos os anos, entre 17 de julho e 24 de agosto. Explicação similar se aplica às outras chuvas de meteoro anuais. As de maior visibilidade no Hemisfério Sul e suas respectivas datas de início são: Orionídeas (21/10); Leônidas (17/11); e Geminídeas (13/12).
Quando atingem a atmosfera da Terra, a 59 quilômetros por segundo, essas partículas são vaporizadas devido ao atrito com o ar e deixam para trás rastros de luz. Os meteoros podem surgir em qualquer lugar do céu, mas parecem irradiar de um ponto na constelação de Perseu, chamado radiante, na fronteira com a constelação de Cassiopeia. As partículas de poeira que criam meteoros Perseidas surgiram do cometa conhecido como 109P/Swift-Tuttle.
Este objeto orbita o Sol uma vez a cada 130 anos e sua última passagem pelo interior do sistema solar foi durante o seu retorno em 1992. O núcleo deste cometa tem cerca de 26 km de diâmetro, enorme em comparação aos outros cometas, geralmente muito menores, com núcleos de apenas alguns quilômetros de diâmetro. Como resultado, o cometa Swift-Tuttle produz um grande número de meteoros.
Embora a maioria dos meteoros se desintegrem na alta atmosfera da Terra, formando brevemente plasma super-aquecido (moléculas de gás ionizadas) em altitudes entre 85 e 115 quilômetros, algumas partículas maiores conseguem sobreviver até a menos de 20 quilômetros da superfície.
Com informações: Portal Terra e Clube de Astronomia de Fortaleza
Via Dantense news2
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