Polícia Federal faz operação Duas Faces em Maceió e na Barra de São Miguel
A Polícia Federal informou que Erik da Silva Ferraz, 39, morto durante a Operação Duas Faces na manhã desta quinta-feira (7), em Maceió, chefiava uma facção criminosa de São Paulo que atua dentro e fora dos presídios. Quatro pessoas da família dele foram presas suspeitas de participar do esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão, 5 de prisão preventiva e 3 de condução coercitiva, além de sequestro de bens e valores, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. As buscas aconteceram em Maceió e na Barra de São Miguel.
Com o apoio da Polícia Militar, a PF apreendeu 500 mil dólares. Também foram apreendidos carros de luxo, embarcações e fotos que comprovam a vida luxuosa dos investigados. Imóveis de alto padrão foram alvos de sequestro judicial de bens.
Segundo as investigações, o principal alvo era Erik da Silva Ferraz, que morreu baleado. Foram presos Domingos Terêncio Correia Neto, Diogo Terêncio de Souza Araújo, Gabriela Terêncio de Souza Araújo e Silvia Rejane de Souza Araújo, que são cunhados, esposa e sogra de Ferraz, respectivamente.
A PF informou que Ferraz foi o responsável por comandar o assalto a um avião da TAM no aeroporto de São José dos Campos em 1996, quando R$ 6 milhões foram roubados.
"Erik era um dos líderes de uma facção criminosa de São Paulo e é filho de um dos seis maiores procurados pela Polícia Federal do Brasil, e que está escondido, homiziado, na Bolívia, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, o traficante que também é ligado a essa organização criminosa chamado de João Cabeludo [João Aparecido Ferraz Neto]. A última notícia é de que ele tenha sido sequestrado. Mas a gente tem a suspeita de que ele continua traficando drogas e que o filho dele aqui fazia todo o procedimento de lavagem", disse o delegado da PF Bernardo Gonçalves Torres.
Polícia apreendeu 5000 mil dólares em uma residência durante Operação Duas Faces (Foto: Ascom/PF)
Ainda segundo as investigações, Ferraz atuava como empresário na capital, onde ostentava um padrão de vida elevado, e mantinha duas identidades, uma de Caxias do Sul e outra de São José dos Campos.
A polícia chegou às duas identidades por meio de exame prosopográfico, que descreve as feições humanas. "As investigações continuam para rastrear o dinheiro que acreditamos que tem origem no exterior e identificar outros envolvidos".
As buscas em Maceió foram feitas na casa de Ferraz, no Condomínio Aldebaran, nos estabelecimentos da família, como o restaurante Moriah, Santa Fé Spettus Bar e Academia Premier Combate Fitness, no bairro do Antares, e no Black Out Pub, na Jatiúca, e na casa de praia na Barra de São Miguel.
Os presos serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas não por tráfico de drogas. "O tráfico é o crime antecedente. Já aconteceu. Agora eles só estão lavando o dinheiro da venda do tráfico. O objeto da investigação é a lavagem de dinheiro", disse o delegado da PF Gustavo Viana.
Todo o material apreendido foram encaminhados à sede da PF no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Erik da Silva Ferraz foi morto em confronto com a Polícia Federal (Foto: Ascom/PF)
Laudo do exame comprova dupla identidades de Erik da Silva Ferraz, morto em operação da PF em Maceió (Foto: Suely Melo/G1)
*G1 AL
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato!
A Liberdade de Expressão... está assegurada, em Lei, à todo Cidadão,LIVRE!