quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Suspeitos de explodir carros-fortes mortos em confronto com policiais reagiram e não quiseram se entregar, diz delegado

Integrantes da Secretaria de Segurança Pública de Goiás em coletiva sobre a morte de suspeitos de explodir carros-fortes após confronto com policiais goianos — Foto: Paula Resende/G1

Os cinco suspeitos de participar de explosões de carros-fortes e de agências bancárias de Goiás que foram mortos no interior de Minas Gerais durante confronto com policiais reagiram à abordagem e não quiseram se entregar, de acordo com a Polícia Civil. Um sexto membro do grupo, denominado "Novo Cangaço", conseguiu fugir.

“Foi mais ou menos meia-hora de confronto. Tentamos negociar, mas, devido ao poder de fogo, eles não se renderam e acabaram mortos”, relatou o delegado Samuel Moura, do Grupo Antirroubo a Banco.

O tiroteio que resultou na morte do grupo aconteceu na noite de terça-feira (4), em duas chácaras que teriam sido alugadas pelos suspeitos, em Brasilândia de Minas, no noroeste mineiro. O grupo, apontam os investigadores, agia em Goiás, Distrito Federal e mais três estados.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, quatro dos mortos atuavam na “linha de frente”. “Essa era a equipe que fazia abordagem direta dos alvos e portava as armas”, afirmou o delegado.

Um sexto homem que estava no local conseguiu fugir. Segundo a investigação, ele era um dos líderes do grupo. As buscas por ele continuam. “Perdeu todos comparsas, armas, dificilmente poderá fazer novas ações”, afirmou o delegado.
Armas e munição apreendidas por policiais — Foto: Paula Resende/G1

Segundo o tenente-coronel da PM Durvalino Câmara dos Santos Júnior, as equipes apreenderam nas chácaras cinco fuzis, pistolas, mais de mil balas, colete à prova de balas e rádios de comunicação.

“Eles agiam no Brasil inteiro, com ação sempre violenta. O armamento apreendido demostrada o grau de violência e de poder de fogo. A quadrilha está totalmente desarticulada”, declarou o tenente-coronel.

O grupo também é suspeito de cometer três explosões de agências bancárias na Bahia e uma em Sergipe. Eles ainda são investigados pelas explosões de cofres em um posto de combustíveis no Distrito Federal e em um pedágio de Minas Gerais.

Outras prisões

Quatro homens e uma mulher que também são apontados como integrantes do grupo foram presos no dia 28, em Goiânia, Cristalina e outras cidades do interior de Goiás.

Conforme os policiais, na ocasião, um dos suspeitos detidos tinha a função de “olheiro”. Ele seguia o carro-forte até o momento da explosão e mantinha contato com o grupo. Já a mulher é esposa de um dos líderes e foi detida no momento em que chegava a Cristalina para pegar parte do dinheiro obtido, de acordo com a polícia, por meio da explosão de um veículo.

Explosões de carros-fortes

O último ato do grupo, de acordo com a polícia, foi a explosão de um carro-forte no km 132 da BR-040, perto de Cristalina, por volta das 15h30 do dia 26 de novembro. A Polícia Rodoviária Federal informou que quatro pessoas estavam dentro do veículo. Todas saíram ilesas.

Segundo o delegado, os criminosos usaram um automóvel para bloquear a rodovia na altura do km 132. Quando o carro-forte parou, os assaltantes obrigaram os guardas a descer e, em seguida, realizaram a explosão do veículo.

Conforme a investigação, foi o mesmo grupo que explodiu outro carro-forte, no mesmo ponto da rodovia, em maio deste ano.

Série de ataques

Os policiais civis e militares informaram que o grupo também é suspeito de uma série de ataques a agências bancárias, uma loja e uma unidade dos Correios em Ipameri, região Sudeste de Goiás.

Logo após a ação, três suspeitos foram presos. De acordo com Samuel, desde então, o grupo começou a ser investigado.

*G1 GO

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