quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Dez anos após homicídio, empresária é condenada por matar advogado

O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) considerou culpada a empresária Francisca Elieuda Lima Uchoa pela morte do advogado Antônio Jorge Barros de Lima. A mulher foi condenada a 13 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. A sentença foi proferida no último dia 12 deste mês de fevereiro.

Advogado Antônio Jorge Barros de Lima foi encontrado morto no dia 31 maio de 2010. — Foto: Reprodução

O advogado foi assassinado no dia 31 de maio de 2010, na Grande Fortaleza. O corpo foi encontrado dentro do veículo da vítima. Uma década após o fato, para as autoridades, a motivação do crime ainda não está esclarecida. Durante a década desde o ocorrido até a condenação, a empresária foi a única ré do processo.

Nos autos consta que o Ministério Público do Ceará (MPCE) sustentou a tese de homicídio qualificado, que foi acatada pela maioria dos jurados. A defesa da empresária defendeu a negativa da autoria do crime.

De acordo com o advogado Sílvio Vieira, que representa a empresária Elieuda Lima, a condenação foi um equívoco. “Recorremos da decisão no próprio Tribunal especialmente porque existiam duas linhas de investigação e uma exclui a participação dela no crime. Entendemos que houve erro no julgamento. Vamos lutar até a última instância para revogar a decisão e buscar um novo júri”, afirmou Vieira.

Reconhecida
Corpo de Antônio Jorge foi encontrado alvejado dentro da caçamba de uma picape. — Foto: Kiko Silva / Sistema Verdes Mares

A empresária foi reconhecida por testemunhas como a mulher que chegou ao escritório da vítima, localizado no Eusébio, e saiu com ele por volta das 11h. O corpo de Antônio Jorge foi encontrado por policiais militares, com três tiros: dois na cabeça e um no peito.

Conforme depoimento incluso nos autos da Polícia Federal, uma testemunha disse que, antes de ser morto, o advogado teria confidenciado que estava com um caso muito complicado de um sobrinho de um policial que era muito perigoso. A pessoa de alta periculosidade indicada no documento era Jean Charles Libório, ex-policial militar e ex-companheiro da empresária.

*G1 CE

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