Discutir se Lampião e Maria Bonita eram bandidos ou heróis é História.
Mas, publicar um livro ressaltando inveridicamente a orientação sexual do casal
e tantas outras leviandades é violar a privacidade e intimidade da própria
família Ferreira, seus remanescentes, sem qualquer interesse histórico,
científico ou jornalístico. Com certeza isso não é construir história é fazer
histrionia, histrionice, histrionismo.
Adquirido, passada a curiosidade inicial, o sábio leitor vendo a
fragilidade de todas as suas alegações logo verá que tal obra é IGUAL A UM
CASTELO DE AREIA NA BEIRA DA PRAIA, em pouco tempo será consumido pela água de
volta, destruído por completo. Tal castelo construído sem estrutura alguma
voltará a ser simplesmente areia, pois as suas alegações e suposições com
pretensas provas, sejam elas testemunhais, documentais ou outras quaisquer,
inexistem, sequer indícios há. TUDO FICTÍCIO, fruto da sua imaginação, assim,
não tem como se sustentar por muito tempo. Embora para alguns, os maldosos de
plantão do mesmo gênero, desinteressados ou leigos por completo no assunto
acreditem em tais irreflexões. Estrago feito de qualquer jeito!
Como pesquisador do tema cangaço o autor não passa de UM ARREMEDO DE
APRENDIZ: os erros são gritantes e pululam em cada página do seu livro. Ademais
as suas palavras na tentativa de desmistificar o Mito Lampião a qualquer custo
são CHULAS e também cheias de ódio, ódio que chega ao extremo, chega a transpor
a sua própria razão e, sem razão jamais um escritor se transformará em historiador,
pois historiador não pode agir tão somente pela emoção, se não conseguir chegar
à verdade real, deve pelo menos dela se aproximar, nesse sentido ele demonstra
estar longe, bem longe disso tudo, ANOS LUZES de distancia. Como escritor de
romances, talvez tivesse alguma chance, melhor sorte, mas como historiador, com
toda certeza ele será reprovado com as piores notas em todos os quesitos. Ao
mais exigente leitor com certeza a nota a ser dada será ZERO, pois de tudo do
seu livro QUASE NADA SE APROVEITA, posto que da historia verdadeira apenas
fatos repetitivos, mesmo assim eivados de erros: datas, nomes, lugares
trocados, tipicidade do pesquisador CHINFRIM, desatento para um pouco aliviar.
Dentre as tantas aberrações coloca como suposta TESTEMUNHA DE OUVIR
DIZER um cidadão, escrivão, que já faleceu e nada disse para ninguém, somente
para ele, então Juiz de Canindé. Dá a entender também que dois ex-policiais
volantes que saem em fotografias como seus supostos entrevistados COMUNGAM COM
OS SEUS ENTENDIMENTOS, contudo, esses dois cidadãos TAMBÉM ESCREVERAM EM LIVROS
AS SUAS MEMORIAS e, as suas narrações são totalmente contrárias, ANTAGONICAS,
como antagônico também é o entendimento do prefaciador do seu livro ao seu
próprio entendimento. O escritor Oleone Coelho Fontes autor do livro Lampião na
Bahia é o seu prefaciador. É a primeira vez que vejo prefaciador e autor se
debaterem em TANTAS SITUAÇÕES CONTRÁRIAS UMAS A OUTRAS nas suas obras. Além do
mais o livro dele VAI DE ENCONTRO A MAIS DE 800 TÍTULOS JÁ PUBLICADOS, alguns
deles escritos na própria época do cangaço, na efervescência das guerras em que
os pobres sertanejos tanto sofriam e mais do que nunca rogavam pelo fim de
Lampião, ou mais ainda pós-era, baseados em incontáveis entrevistas com
inúmeros remanescentes desse tempo. Seriam todos esses historiadores perfeitos
idiotas, grandes mercenários da cultura ou, exímios enganadores? E as pessoas
que viveram a infância, a juventude de Virgulino por quais razões foram omissos
nas suas tantas entrevistas?
Não existe no livro LAMPIÃO O MATA SETE um único documento que prove que
o autor fez qualquer tipo de estudo, pesquisa ou de onde foi buscar tais
informes. Tudo não passa de mera especulação, INVENCIONICE. Mesmo porque não há
qualquer demérito em alguém ser ou, LAMPIÃO TER SIDO HOMOSSEXUAL se verdade
fosse. A discussão é se o fato é verdadeiro ou mentiroso, e nesse sentido o
autor pode ser considerado como o MAIOR IMPOSTOR que a literatura cangaceira já
viu.
*Archimedes Marques
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