O ex-presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, Valdir da Silva, o Pitonho (PRTB), foi condenado pelo juiz Hugo Michelini Júnior a 13 anos e três meses de prisão em regime fechado. O vereador, preso na Operação Rodovia, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), em julho de 2015, responde pelos crimes de roubo e de associação para o tráfico de drogas.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MP-PR), Pitonho foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro, o qual também era suspeito de praticar. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu 1 (PEF 1). Além do vereador, outros 13 réus foram condenados.
Ligações gravadas com a autorização da Justiça revelaram conversas de Silva supostamente ajudando suspeitos a praticar crimes, segundo o MP-PR. Uma das conversas foi gravada no dia 25 de novembro de 2014, mesmo dia do roubo de um empresário de São Miguel do Iguaçu. Nela, o vereador fala com um suspeito, que é considerado foragido pela Justiça. Durante a ligação o homem pede um "negócio" para Pitonho. Conforme a promotoria, ele se referia a uma arma.
Para o promotor de Justiça Heric Stilben, o então presidente da Câmara dava suporte para que o grupo liderado pelo político cometesse os crimes. "Fornecia, por exemplo, a pedreira [que é do vereador] para os encontros, para que fossem escondidos determinados objetos ilícitos, seja droga ou arma. Era o sujeito que fornecia a arma para a prática do roubo, que era para financiar o tráfico, como foi o roubo ao empresário", comenta o promotor.
O advogado de Valdir da Silva adiantou que deve apresentar recurso à decisão. Já o atual presidente da Câmara, Edson Ferreira, a Casa ainda não foi notificada da sentença contra Pitonho.
*Do G1 PR, com informações da RPC em Foz do Iguaçu
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