Líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, em julho de 2014 — Foto: AP Photo/Militant video/Arquivo
O chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, morreu durante uma operação militar dos Estados Unidos na Síria, confirmou Donald Trump, presidente norte-americano. O anúncio foi feito em pronunciamento na manhã deste domingo (27).
Trump afirmou que al-Baghdadi, um dos terroristas mais procurados do mundo, se suicidou ao acionar explosivos de um colete após ser perseguido. A explosão matou ainda três crianças que estavam ao lado de al-Baghdadi.
Ainda de acordo com o pronunciamento de Trump, "nenhum oficial americano morreu durante a operação", mas um dos cães militares usados na perseguição ficou ferido.
O presidente, que assistiu à ação ao lado do vice Mike Pence e de oficiais do exército americano, disse ainda que "onze crianças foram retiradas do local e estão bem". Outras pessoas ligadas ao Estado Islâmico também morreram e algumas foram capturadas e presas.
"Um assassino brutal foi eliminado. Ele não vai fazer mal a nenhum homem e nenhuma mulher", afirmou o presidente, que classificou al-Baghdadi como um "doente".
Como foi a operação
O relato de Trump é de que al-Baghdadi foi perseguido por cães militares norte-americanos até o fim de um túnel, "choramingando e chorando e gritando por todo o caminho".
"Morreu como um cachorro, como um covarde", disse Trump.
Abu Bakr al-Baghdadi estava sendo perseguido em uma operação com oito helicópteros na província de Idlib, no noroeste da Síria.
Segundo Trump, o corpo de Abu Bakr al-Baghdadi foi mutilado pela explosão do colete suicida, mas ainda assim foi possível fazer a identificação 15 minutos depois, por meio de teste de DNA.
Donald Trump, presidente dos EUA, o vice-presidente Mike Pence (2º esquerda), o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper (3º direita), juntamente com os membros da equipe de segurança nacional, em sala na Casa Branca, em Washington, no sábado (26), observam operação que levou à morte de al-Baghdadi — Foto: Shealah Craighead/The White House/Reuters
Trump agradeceu a ajuda de outros países como Rússia, Turquia, Síria e Iraque, que forneceram informações. O presidente disse que os russos, no entanto, não sabiam detalhes da operação. Ele também acrescentou que os EUA ainda não cogitam uma retirada da Síria.
Quem era Abu Bakr Al-Baghdadi?
Em abril deste ano, o líder da organização jihadista apareceu pela 1ª vez em 5 anos, em um vídeo de propaganda transmitido pelo Estado Islâmico.
Abu Bakhr Al-Baghdadi em vídeo divulgado no dia 29 de abril de 2019 — Foto: AFP/Al-Furqan
Nascido na cidade de Samarra, no Iraque, em 1971 com o nome Ibrahim Awad Ibrahim Ali al Badri al Samarrai, al-Baghdadi trabalhou como imã (líder religioso) durante anos, antes de se unir à resistência armada contra a ocupação norte-americana do Iraque, em 2003.
Um ano depois, foi preso pelas forças norte-americanas e levado ao campo de prisioneiros de Bucca. Após 11 meses preso, al-Baghdadi se reengajou na luta jihadista.
Ibrahim, também conhecido como Abu Duaa, optou pelo codinome Abu Bakr al-Baghdadi al Hosseini al Quraishi em homenagem a Abu Bakr, primeiro califa após a morte de Maomé, e à tribo do profeta, Al Quraishi.
Al-Baghdadi é considerado um dos terroristas mais procurados no mundo. Os Estados Unidos ofereciam US$ 25 milhões por qualquer informação sobre ele.
As dúvidas em relação a Abu Bakr al-Baghdadi aumentaram depois que ele perdeu o "califado" que proclamou em 2014 na cidade iraquiana de Mossul e que se expandia até a Síria.
Dado como morto em várias ocasiões, al-Baghdadi já costumava publicar mensagens de áudio encorajando seus seguidores a continuarem sua chamada "guerra santa".
*G1
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