O momento é ruim para debater a questão do desarmamento, de acordo com o delegado de polícia Archimedes José Melo Marques, pós-graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), corregedor-geral da Polícia civil por duas gestões e autor de diversos artigos sobre segurança. "Essa é uma discussão que não pode ocorrer sob o clima de comoção criado com o crime monstruoso de Realengo", falou.
Para o delegado, que atua há mais de 23 anos na área, se o referendo fosse refeito agora, provavelmente teria resultado oposto do que teve em 2005. "Seria preciso aguardar um pouco mais para trazer esse tema de novo à discussão", afirmou. "Estão se aproveitando para fazer novamente um referendo em que a população já deu sua opinião, que foi a favor de manter o direito de ter armas", diz.
Archimedes acredita ainda que a campanha poderá ter efeito inverso. "No meu entender ela beneficia os grandes traficantes de armas que abastecem o crime organizado. Eles continuarão tendo acesso a armamento cada vez mais sofisticado, uma vez que nunca dependeram de vias legais para adquiri-lo", disse.
O delegado disse que o problema do crime só será resolvido quando o governo decidir agir mais incisivamente.
"A criminalidade se combate por meio de um conjunto de políticas públicas sérias e efetivas nos planos do desenvolvimento social, além das medidas administrativas no âmbito dos órgãos ligados à segurança pública, que deve contar com a ajuda da comunidade e a força da adesão da própria sociedade. Não se combate a criminalidade com a simples deposição ou apreensão das armas de fogo dos cidadãos de bem", declarou.
*Diariosp
Para o delegado, que atua há mais de 23 anos na área, se o referendo fosse refeito agora, provavelmente teria resultado oposto do que teve em 2005. "Seria preciso aguardar um pouco mais para trazer esse tema de novo à discussão", afirmou. "Estão se aproveitando para fazer novamente um referendo em que a população já deu sua opinião, que foi a favor de manter o direito de ter armas", diz.
Archimedes acredita ainda que a campanha poderá ter efeito inverso. "No meu entender ela beneficia os grandes traficantes de armas que abastecem o crime organizado. Eles continuarão tendo acesso a armamento cada vez mais sofisticado, uma vez que nunca dependeram de vias legais para adquiri-lo", disse.
O delegado disse que o problema do crime só será resolvido quando o governo decidir agir mais incisivamente.
"A criminalidade se combate por meio de um conjunto de políticas públicas sérias e efetivas nos planos do desenvolvimento social, além das medidas administrativas no âmbito dos órgãos ligados à segurança pública, que deve contar com a ajuda da comunidade e a força da adesão da própria sociedade. Não se combate a criminalidade com a simples deposição ou apreensão das armas de fogo dos cidadãos de bem", declarou.
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