Quando ingressei na Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte estava não somente conquistando estabilidade empregatícia, mas realizando um sonho de infância. Mas um sonho baseado em minhas convicções e realidades próprias, de um mundo totalmente diferente do que vivencio hoje. Nunca sofri desacato e perseguição na vida civil e nunca fui tão questionado, ameaçado de morte e criticado ao zelar pela segurança de muitos ao mesmo tempo em que tenho que cuidar da minha e da minha família. Como as maiorias das pessoas pensam “Ser policial militar no interior do RN é ganhar bem para passear em viaturas”, mas hoje sei como é duro arriscar a vida sem ser reconhecido e muitas vezes até ser ouvido numa estressante sindicância ou processo cível, mesmo no período de folga, em razão de uma denúncia, na maioria das vezes, descabida e articulada por pessoas de má índole, que se sentem incomodadas com a presença da polícia e apesar dos fatos inverídicos é gerada polêmica e falatórios dentro e fora da instituição militar. De coisas improcedentes e aumentadas de boca em boca. Dizem também que “polícia longe faz falta, mas por perto incomoda” isso sim posso afirmar ser verdade e tenho sentido na pele tal situação, uma vez que o tráfico de entorpecentes e atos de vandalismo vem acontecendo constantemente no Bairro 9 de janeiro, onde moro, numa casa humilde mas que consegui adquirir com bastante esforço e trabalho, onde saio e chego sempre com a cabeça erguida, por não dever nada a não ser favores aos meus pais que me educaram e fizeram de mim uma pessoa honesta e de caráter. Entretanto tenho sido vítimas de apedrejamentos no telhado da minha residência, com certeza qualquer pessoa de bom senso, não precisa ser tão inteligente, entende logo quem está querendo transmitir um recado e porque minha presença incomoda, pois pessoas de bem se sentem seguras com o polícia por perto. Tenho procurado até hoje resolver pelos meios legais para não cometer nenhum crime, pois lugar de Policial bom não é na cadeia é na Rua, prendendo bandido e “respondendo processo por causa disso”, vendo a hora ser detido, excluído ou pagar indenização por fazer o serviço (não fechar os olhos para certas infrações), pois é assim que funciona as coisas. Contudo minha paciência esgotou, depois de vários meses de tolerância, com a gravidez da minha esposa, que já sofreu complicações em virtude dos fatos. É hora de me mudar! De procurar novos horizontes, de preservar a minha fé, de pagar o preço por ter escolhido ser PM, de zelar pela minha índole, pois quem quer me ver prejudicado e chorando vai me ver crescendo e sorrindo cada vez mais e o meu Deus, a quem eu sirvo, irá fazer justiça por mim. Todavia não estou fugindo, não vou me esconder, fazer ou deixar de fazer nada por causa de ameaças, enquanto muitos pensam não ser um posicionamento correto, para mim sou o idealista de uma sabia atitude.
Pelo pequeno poder de Estado a mim instituído, pela segurança da sociedade e o bem comum de todos peço providências das autoridades no intuito de combater o tráfico de drogas na cidade de Pau dos Ferros, pois quando tentei fazer algo pelo meu Bairro, bati de frente com a vagabundagem e por ser grande, me senti de
mãos atadas, pelo fato das leis não contribuírem para o trabalho da polícia. A gente tem dificuldade de conseguir escutas telefônicas, mandado de busca, exames de papiloscopia, consulta de placas, consulta de antecedentes, mandados de prisão, filmagens, etc.
Quero agradecer o apoio e consideração dos verdadeiros colegas, o maior deles “O PM JOSEMAR”, policial em que me espelho pelo seu senso crítico e sabedoria para lhe dar com determinadas circunstâncias, educado, comunicativo e prestativo se prontificou a todo o momento, também ao Ten. Cel. Romualdo, Cap. Míria e Ten. Araújo, meus comandantes, pelo o apoio e interesse em solucionar meu caso, aos companheiros que trabalham na Rádio Patrulha e demais policiais (civis e militares) que se preocuparam em me ajudar de alguma forma. Não esquecerei de nenhum.
Obrigado companheiros! Avante! Servindo e Protegendo.
*SD PMRN FONTES
Amigo Leandro. O conheci ainda criança e sempre soube da sua boa índole, do seu senso de justiça e da sua indignação manifestada em decorrência de tantas injustiças sociais. Quando soube que entrara para a PM, fiquei feliz, pois, em virtude do exposto acima, tinha certeza de que farias o que pudesses para se construir um mundo melhor. Infelizmente, boa parte das pessoas vêem com um certo descrédito os militares, o consideram agressivos, autoritários, etc. Também tinha esta concepção, porém em virtude de vc e outros amigos de infância ou posteriores optarem por esta carreira, pude adquirir maior proximidade com a classe e, foi aí que percebi que não é bem assim. O cidadão de bem, o honesto, o trabalhador não deve temer e sim, sentir-se seguro com a presença policial. Percebi isto ontem quando estive presente no Frasquirão em Natal para assistir ABC x América, onde uma verdadeira "operação de guerra" havia sido montada para garantir a segurança dos torcedores e, ao adentrar no recinto, agradeci ao PM que me revistou, recebi um tapinha nas costas seguido de um "por nada" com uma gentileza e delicadeza impressionante. Porém, observando um pouco, percebia que parte das pessoas, ao contrário, sentiam-se incomodadas com um ato que visava única e exclusivamente, a sua segurança. Graças a presença da briosa polícia militar do RN, tudo aconteceu na mais perfeita tranquilidade, por mais que uma "meia dúzia" de vândalos quisessem estragar o espetáculo. Agora imagine: Se a polícia não tivesse no loca? Pode ter certeza, aí sim, o cenário seria de guerra e... era uma vez Estádio Maria Lamas Farache. Amigo, tenha certeza, você é um guerreiro, continuo, ainda mais agora, após tomar conhecimento de tais fatos, acreditando em você. Siga em frente com seus ideais e objetivos, tenha certeza de que, com a ajuda do criador, seu maior sustentáculo, serás vencedor. A população carece de pessoas como você, como o Sgto Gilvan, dentre muitos outros que arriscam a própria vida em nome da segurança dos seus pares. Parabéns pela coragem!
ResponderExcluirSeu amigo Cleidson