Professora foi agredida na Escola Municipal Irmão Pedro(Foto: Paula Vinhas/Prefeitura de Canoas)
O Ministério Público (MP) de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, pediu nesta quarta-feira (24) que dois alunos da Escola Municipal Irmão Pedro sejam transferidos para outra instituição após o episódio de violência registrado na escola. Os alunos são filhos da mulher apontada como responsável por agredir uma professora.
Segundo o promotor João Paulo Fontoura de Medeiros, responsável pelo pedido, as crianças estão em situação de risco na escola e a permanência delas na instituição se “torna insustentável, em função de eventual ‘bullying’ que poderiam ser vítimas”.
O pedido foi encaminhado à Secretaria de Educação de Canoas e ao Conselho Tutelar. O promotor também solicitou ao Conselho Tutelar que realize um acompanhamento familiar e que encaminhe a mãe das crianças para auxílio psicológico em centros de assistência social. No âmbito da infância e juventude, um procedimento foi aberto para analisar se a escola tomou as medidas necessárias no caso.
Professora diz que foi ameaçada de morte
A agressão contra a professora ocorreu no dia 4 de março, mas só foi divulgado na terça-feira (24). Segundo a Prefeitura de Canoas, o aluno do sexto ano do ensino fundamental chegou à escola com mais de 30 minutos de atraso e, por isso, foi orientado pela professora a ir até a direção pedir autorização para entrar. O menino voltou com a mãe, que, apesar de estar com o documento solicitado, agrediu a docente.
A professora de 29 anos, que não quer ser identificada, afirmou ao G1 que, após ter sido arrastada pelos cabelos de dentro da sala de aula, ela e duas colegas, entre elas a diretora da escola, foram ameaçadas de morte pela mulher, que segurava uma tesoura.
"Ela ameaçou com uma tesoura a orientadora e a diretora da escola e disse que se eu chamasse a polícia, seria uma mulher morta", contou. "Ela veio com o dedo em riste me chamando de pirralha, me ofendendo. Eu disse para ela ir à direção, porque eu não iria conversar naquele nível, mas ela meteu o pé na porta e entrou na sala de aula. Quando eu virei as costas para chamar a direção, ela me puxou pelos cabelos e me arrastou pelo pátio na frente dos meus alunos e colegas”, detalhou.
A professora ficou de licença até o dia 9, segunda-feira da semana seguinte, quando começou a lecionar em outra escola municipal. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na Polícia Civil. De acordo com o delegado Cleomar Marangoni, responsável pelo caso, a polícia aguarda o laudo do exame de corpo de delito para encaminhar um termo circunstanciado para a Justiça. A mãe do aluno pode responder pelo lesão corporal.
O secretário de Educação de Canoas, Eliezer Pacheco, afirmou que foram tomadas todas as providências necessárias e negou que houvesse uma tentativa de evitar a divulgação do caso, como foi sugerido por professores. Segundo ele, ainda antes da repercussão na imprensa, a secretaria acionou a Brigada Militar, a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e o Ministério Público.
*G1 RS
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