O secretário de Cidadania e Administração Penitenciária do Estado da Paraíba, Roosevelt Vita, irá solicitar a transferência do acusado de praticar a chacina no Rangel, crime que abalou a Paraíba na última semana, para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Carlos José dos Santos é assassino confesso de sete pessoas da mesma família, dentre as quais três crianças e uma mulher grávida de gêmeos. Vitta entrou em contato com a direção nacional dos presídios para viabilizar o encaminhamento do acusado e agora irá encaminhar um emissário ao juiz federal das execuções penais para buscar a transferência do preso na Paraíba. Ontem, tomou posse o novo diretor do Presídio do Roger, na Paraíba, Gidu Fernandes. Ele substituiu Dinamérico Cardim, afastado por Roosevelt Vita depois que a TV O Norte divulgou cenas da tortura sofrida pelo detento Carlos José dos Santos em uma das celas da unidade prisional. Carlos matou uma família inteira em João Pessoa/PB na última quinta-feira escapou da fúria da população, mas não teve a mesma sorte na prisão. Ele foi submetido a sessões de tortura numa cela isolada onde foi colocado para não ser morto pelos presos da própria unidade. As cenas da tortura foram gravadas em vídeo e mostram o preso sendo xingado e espancado com socos e pontapés e sendo jogado no chão várias vezes. Sem conseguir esconder o aspecto de pânico, Carlos José tenta se proteger das agressões e um policial militar fardado desfere um "telefone"(golpe nos ouvidos) para em seguida uma outra pessoa com fardamento de agente penitenciário desferir socos nas costas do acusado, cuja chacina provocou grande dor e revolta à população paraibana. Ao ser informado sobre a denúncia de que Carlos José tinha sido vítima de tortura na prisão, o secretário-executivo da Cidadania e Administração Penitenciária, coronel Maurício Souza, anunciou que uma sindicância será instaurada para investigar e identificar quais os policiais espancaram o preso. Outra medida do secretário-executivo foi encaminhar Carlos José para ser submetido a exame de corpo de delito no Departamento de Medicina Legal. Uma operação sigilosa foi montada para que o preso fosse retirado do Roger, já que havia risco dele ser reconhecido pela população e ser vítima de linchamento. Cardim negou a acusação e disse que trata-se de uma montagem. No entanto, esposas de presos aproveitaram para denunciar que os maridos também vinham sendo vítimas de espancamento durante a gestão dele. A prática de tortura contra o acusado da chacina no Rangel também foi condenada pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasi, secção da Paraíba. O presidente da comissão, Alexandre Guedes, lembrou que o Brasil tem um tratado internacional de combate à prática de tortura e não é admissível que o estado, sendo o responsável pela garantia da integridade de pessoas sob sua guarda, pratique esse tipo de violência.
DN online/O Norte
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