segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Diretor de prisão é preso suspeito de facilitar fuga de detentos.

Segundo as denúncias, ele deixava os presos saírem para cometer crimes e retornar
Na semana passada, mais de 36 presos fugiram do local. Foto: Divulgação

O diretor da Casa de Detenção de São Luís (MA), Cláudio Barcelos, foi detido preventivamente, na manhã desta segunda-feira (15), por policiais civis da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais). Investigado há mais de um ano, Barcelos é suspeito de facilitar a fuga de presos. Além disso, segundo a assessoria da Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária), também está sendo apurada a hipótese de que, mediante pagamento, detentos eram autorizados a deixar a unidade irregularmente e retornar após cometerem crimes.

A Casa de Detenção é uma das várias unidades penais que formam o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior estabelecimento prisional do Maranhão. Palco de constantes rebeliões, fugas, brigas e assassinatos de presos, Pedrinhas já contabiliza 16 detentos mortos só neste ano. O último homicídio no interior do presídio foi confirmado no sábado (14). Segundo a Sejap, Eduardo Cesar Viegas Cunha foi morto na Central de Custódia de Presos de Justiça. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte. Em 2013, dados do Conselho Nacional de Justiça mostram pelo menos 60 mortes.

Na noite da última quarta-feira (10), 36 detentos fugiram do CDP (Centro de Detenção Provisória) depois que bandidos atiraram um caminhão-caçamba contra o muro do complexo. O choque proposital abriu um grande buraco no muro de concreto, por onde os presos fugiram. Segundo a assessoria da Sejap, apenas três dos fugitivos haviam sido capturados até esta manhã. Além dos presos que conseguiram escapar, quatro ficaram feridos e um foi recapturado.

Também partiram do interior do complexo ordens para que os bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital maranhense e ateassem fogo em ônibus, no início de janeiro deste ano. O episódio resultou na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de seis anos.

Fonte: R7

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