Local foi isolado pela perícia em Bento Gonçalves (Foto: Bruno Mezzomo/Divulgação)
A irmã da mulher encontrada morta em seu apartamento em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, no dia 8 de agosto, se apresentou à polícia e confessou o assassinato. Ana Paula Marin Bittencourt, de 32 anos, estava desaparecida desde o dia do crime e já era tratada como a principal suspeita.
O corpo de Aparecida de Fátima Marin Bittencourt, de 44 anos, foi encontrado com golpes de faca na região do peito e na garganta, além de um ferimento na cabeça. Ela foi achada cerca de cinco dias após ser morta.
A investigada se apresentou sozinha e espontaneamente na última sexta-feira (11), na Delegacia de Polícia da cidade. Na mesma noite, ela prestou depoimento.
Ao delegado Álvaro Becker, responsável pela investigação, Ana Paula informou que estava morando com Aparecida há dois meses e que elas costumam brigar com frequência. Na noite do crime, em 2 de agosto, as duas tinham discutido. Ela não alegou legítima defesa.
"Ela contou que se mudou pra tentar se aproximar da irmã, disse que a Aparecida estava afastada da família em Santiago, mas que a irmã era muito grosseira, muito agressiva, e que vivia brigando", relatou o delegado ao G1.
"No depoimento, ela disse que as duas discutiram e que ela empurrou a Aparecida, que caiu no chão e bateu com a cabeça", informou o delegado. "Depois ela a atacou com uma faca", acrescentou.
Na mesma noite, a Brigada Militar (BM) foi acionada por vizinhos e bateu na porta do apartamento, na Rua Goés Monteiro, no bairro São Francisco. Ana Paula atendeu os policiais militares e se apresentou com o nome de Aparecida.
"Ela se passou pela irmã. Disse que estava tudo bem, que tinha sonhado, e por isso gritou por socorro", afirmou o delegado. "Os gritos da discussão foram ouvidos pelos vizinhos, que ligaram para o 190", detalhou.
Para ele, a motivação e a autoria do crime estão esclarecidos, no entanto, ainda há dúvida sobre a causa da morte. Isso porque o ferimento na cabeça era profundo e não seria compatível com a queda.
"A perícia apontou que a morte foi causada pelo corte no pescoço, ela possivelmente se afogou com o próprio sangue", ponderou o delegado.
Após o depoimento, a mulher foi liberada a vai aguardar a conclusão do caso em liberdade. Conforme o delegado, a prisão preventiva não é cogitada, pois Ana Paula não tem antecedentes criminais, se apresentou espontaneamente e informou endereço fixo em Bento Gonçalves, além de telefone para contato.
"A lei é clara nesse sentido", explicou o delegado, que informou ainda que a mulher será indiciada por homicídio qualificado, com agravante de ser irmã contra irmã.
Aparecida trabalhava como cuidadora de idosos. O corpo dela foi sepultado no dia 9 de agosto, na cidade de Santiago, onde a família morava.
*G1 RS
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