Buscas foram feitas em ação conjunta com instituições de segurança (Foto: Marcelo Marques/ G1 RR)
A delegada Mirian Di Manso disse em coletiva nesta quinta-feira (31) que as buscas na Cadeia Pública Feminina e na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, com intuito de encontrar possíveis corpos dos sete presos que 'sumiram', encerraram. A ação contou com dois cães farejadores treinados para encontrar cadáveres e, o caso, diz ela, é 'delicado'.
Embora tenham sido finalizadas as diligências nas imediações dos dois presídios, a delegada esclareceu que não há prazo para finalizar a investigação acerca dos sete presos que desapareceram de uma cela na Penitenciária Agrícola no mês de abril.
“Contamos com o apoio da Polícia Militar do Amazonas, que tem cães farejadores treinados para encontrar corpos enterrados. Essas diligências foram concluídas ontem [quarta] e não há corpos, conforme havia sido denunciado à polícia”, afima Mirian.
A delegada acrescenta ainda que a polícia aguarda novas informações que possam ajudar nas investigações sobre os sete presos.
“Fizemos buscas nas áreas externas e internas da Penitenciária e atrás da Cadeia Feminina. Podemos afirmar que, se algum corpo foi enterrado, não foi nesse local. Temos uma programação de 50 oitivas relacionadas a esse ‘sumiço’ dos presos”, revela.
Ela cita haver informações de que os presos ‘sumidos’ entraram em contato com familiares. “ Há muitas informações. Nós ainda consideramos a possibilidade de confirmar, desde o início, que houve fuga deles [dos sete presos]”, explica.
“Na verdade, se considera também um descrédito por parte de uma organização criminosa, colocando a responsabilidade [do sumiço] em agentes públicos”, completa a delegada.
Titular da DGH, Mirian Di Manso, disse que investigações sobre 'sumiço' de presos se encerrou na penitenciária (Foto: Emily Costa/ G1 RR)
Mirian Di Manso disse que a investigação é ‘delicada’ em razão de alguns familiares de presos afirmarem que os sete presos foram sequestrados de dentro da Penitenciária, torturados e mortos nas imediações do presídio por agentes públicos.
“Estamos numa guerra com as facções. E vemos esta denúncia com descrédito por parte dos agentes públicos praticados por organização criminosa. Assim que averiguarmos essa possibilidade [de envolvimento de agentes públicos no sumiço dos presos], trabalhamos com o inverso também”, garante a delegada.
Ainda de acordo com ela, a investigação pode ser concluída, considerando a fuga dos sete presos que ‘sumiram’. “É que todas as denúncias foram feitas para prejudicar os agentes públicos”, sustenta. Segundo Mirian, os presos que 'sumiram' tinham fichas criminais longas e eram integrantes de uma facção criminosa.
*Marcelo Marques, G1 RR
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